Jesus e “Fogo Eterno”
Dever-se-ia interpretar isso também ao pé da letra? Entretanto era uma dessas figuras enérgicas de que ele se servia para impressionar as massas. O mesmo se dá com o fogo eterno. E se tal não fora o seu pensar, ele estaria em contradição, exaltando a clemência e misericórdia de Deus, pois clemência e inexorabilidade são sentimentos antagônicos que se anulam. Desconhecer-se-ia, pois, o sentido das palavras de Jesus, atribuindo-lhes a sanção do dogma das penas eternas, quando todo o seu ensino proclamou a mansidão do Criador, a sua benignidade. – Allan Kardec in “O Céu e o Inferno”.
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