O Mandamento Novo
13,34 “ -Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado. Assim também vós deveis amar-vos uns aos outros;
13,35 Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
“Conduta Espírita perante os companheiros...
- Respeitar as idéias e as pessoas de
todos os nossos irmãos, sejam eles nossos vizinhos ou não, estejam presentes ou
ausentes, sem nunca descer ao charco da leviandade que gera a maledicência.
Quem reprova alguém conosco, decerto que nos reprova perante alguém.
- Quando emprestar objetos comuns,
não porfiar sobre a sua restituição, sustentando-se, firme, no propósito de
auxiliar os outros de boamente, naquilo em que lhes possa ser útil. Desapego é
alicerce da elevação.
- Perdoar
sem condições aqueles que não nos correspondam às esperanças ou que direta ou
indiretamente nos prejudiquem, inclusive os obsessores e outros irmãos
infelizes. Perdão nas almas, luz no caminho.
- Fugir de elogiar companheiros que
estejam agindo de conformidade com as nossas melhores aspirações, para não lhes
criar empecilhos à caminhada enobrecedora, embora nos constitua dever
prestar-lhes assistência e carinho para que mais se agigantem nas boas obras. O
elogio é sempre dispensável.
- Suprimir toda crítica na comunidade
em que aprende e serve. A Seara de Jesus pede trabalhadores decididos a
auxiliar.
- Coibir-se de qualquer acumpliciamento
com o mal, a título de solidariedade nesse ou naquele sentido. Quem tisna a
consciência, desce à perturbação.
- Nunca
fazer acepção de pessoas e nem
demonstrar cordialidade fraterna somente em circunstâncias que lhe favoreçam
conveniências e interesses materiais. A Lei Divina registra o móvel de toda
ação. ”
Organizamos concílios célebres,
formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do
Universo e da Vida.
Incentivamos guerras arrasadoras que
implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da
nossa fé.
Disputamos o sepulcro do Divino
Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.
Criamos comendas e cargos religiosos,
distribuindo o veneno e manejando o punhal.
Acendemos fogueiras e erigimos
cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos
discordassem dos nossos pontos de vista.
Estimulamos insurreições que
operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na
cruz o devotamento à Humanidade inteira.
Edificamos palácios e basílicas,
famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória,
esquecidos de que Ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a
cabeça.
E, ainda hoje, alimentamos a
separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade,
uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.
Entretanto, a palavra do Cristo é
insofismável.
Não nos faremos titulares da Boa
Nova simplesmente através das atitudes exteriores...
Precisamos, sim, da cultura que
aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material
que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto,
toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras...
Seremos admitidos ao aprendizado do
Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.
Estendamos,
assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade
que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que
asseguram a vitória do bem. Atendemo-la, onde estivermos, recordando a palavra
do Senhor que afirmou com clareza e segurança:
“-Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns
aos outros.”
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