O Juiz Iníquo - Parábola
18,1 Propôs-lhe, Jesus, uma parábola
para mostrar que é necessário orar sempre e nunca desfalecer.
18,2 Havia, em certa cidade, um juiz que não temia
a Deus, nem respeitava pessoa alguma;
18,3
Na mesma cidade, vivia também uma viúva, que vinha com freqüência à sua
presença para dizer-lhe: -Faz-me justiça contra meu adversário!
18,4 Ele, porém, por muito tempo, não o quis. Por
fim, refletiu consigo: Eu não temo a
Deus nem respeito os homens;
18,5 Todavia, porque
esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça senão, ela não cessará de me molestar;
18,6 Prosseguiu o Senhor: “ -Ouvis o que diz
este juiz injusto?
18,7 Por acaso, não
fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por Ele dia e noite? Porventura, tardará em socorrê-los?
18,8 Digo-vos que, em breve, Lhes fará justiça.
Mas, quando vier o Filho, acaso achará fé sobre a terra?”
De “Fonte Viva”, de Emmanuel por Chico Xavier,
extraímos o trecho abaixo, para Lc
(18,1) -Orar
sempre e nunca desfalecer:
“Não permitas que os problemas
externos, inclusive os do próprio corpo, te inabilitem para o serviço da tua
iluminação.
Enquanto
te encontras no plano de exercício, qual a crosta da Terra, sempre serás
defrontado pela dificuldade e pela dor.
A lição dada é caminho para novas
lições. Através do enigma resolvido, outros enigmas aparecem. Outra não pode
ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.
Enche-te, pois, de calma e bom
ânimo, em todas as situações.
Foste colocado entre obstáculos mil
de natureza estranha, para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a
superar as tuas limitações.
Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar
à nova luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e
de sentimentos escuros.
Dispõe-te a desculpar e auxiliar
sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento
espiritual. Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no
mundo, desde a vinda do Senhor.
Onde está o Sinédrio que condenou o
Amigo Celeste à morte? Onde os romanos vaidosos e dominadores? Onde os verdugos
da Boa Nova nascente? Onde os
guerreiros que fizeram correr, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e
suor? Onde os príncipes astutos que
combateram e negociaram, em nome do Renovador Crucificado? Onde as trevas da Idade Média? Onde os políticos e inquisidores de todos os
matizes, que feriram em nome do Excelso Benfeitor?
Arrojados pelo tempo aos
despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que
a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.
Centraliza-te
no esforço de ajudar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da
ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que,
antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando e
nunca desfalecer.”
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