terça-feira, 11 de agosto de 2020

O juiz iníquo - Parábola



O Juiz Iníquo - Parábola           
                  
18,1 Propôs-lhe, Jesus, uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre e nunca desfalecer.
18,2  Havia, em certa cidade, um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma; 
18,3  Na mesma cidade, vivia também uma viúva, que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: -Faz-me justiça contra meu adversário! 
18,4  Ele, porém, por muito tempo, não o quis. Por fim, refletiu consigo: Eu não temo a   Deus nem respeito os homens; 
18,5 Todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça senão, ela não cessará de me molestar;  
18,6  Prosseguiu o Senhor: “ -Ouvis o que diz este juiz injusto?
18,7  Por acaso, não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por Ele dia e noite? Porventura, tardará em socorrê-los? 
18,8 Digo-vos que, em breve, Lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho, acaso achará fé sobre a terra?”
  
         De “Fonte Viva”, de Emmanuel por Chico Xavier, 
extraímos o trecho abaixo, para Lc (18,1) -Orar sempre e nunca desfalecer:

            “Não permitas que os problemas externos, inclusive os do próprio corpo, te inabilitem para o serviço da tua iluminação.

            Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.

            A lição dada é caminho para novas lições. Através do enigma resolvido, outros enigmas aparecem. Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.

            Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.

            Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha, para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar as tuas limitações.

             Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.

            Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual. Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.

            Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste à morte? Onde os romanos vaidosos e dominadores? Onde os verdugos da Boa Nova nascente? Onde os guerreiros que fizeram correr, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e suor? Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram, em nome do Renovador Crucificado? Onde as trevas da Idade Média?  Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes, que feriram em nome do Excelso Benfeitor?

            Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.

            Centraliza-te no esforço de ajudar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando e nunca desfalecer.”

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