terça-feira, 14 de julho de 2020

Tática desmoralizada


Tática desmoralizada
por Tobias Mirco 
(Indalício Mendes)
Reformador (FEB) Janeiro 1967
           
            É necessário que os confrades menos prevenidos não se deixem iludir por uma propaganda intensa que se vem fazendo da chamada “parapsicologia”, com “expoentes” que a apresentam como expressão da ciência contra o Espiritismo. Atrás disso tudo, ninguém se equivoque, há elementos a serviço de religiões decadentes, que temem o Espiritismo e agora se aceitam na “parapsicologia” para melhor desfecharem seus dardos envenenados, a pretexto de estarem servindo à Ciência.
            Quando J. B. Rhine se decidiu a trabalhar ativamente em experiências ditas parapsicológicas, fê-lo com louvável pendor cientifico, embora, como quase sempre acontece entre aqueles que se recusam a aceitar a realidade espírita, buscasse habilmente interpretações adequadas a conclusões compatíveis com os objetivos adrede escolhidos.
            Não faz muito tempo, o ilustre confrade Carlos Imbassahy veio a campo destruir a farsa, e, em livro bem documentado, destronar a congérie (série) de absurdos e falsidades amontoadas por ferrenho adversário do Espiritismo, desses adversários que, aprisionados num sectarismo secular, não querem servir à ciência, mas a determinados fins especiosos, sem se importarem com os meios de que se utilizam.
            O leitor Incauto, que suponha estarem certos “parapsicólogos” perseguindo os mesmos propósitos do Espiritismo com relação à verdade, pode emaranhar-se no cipoal dos argumentos falaciosos e ser levado a falsas conclusões, se não se decidir a conhecer as obras fundamentais do Espiritismo, antes de fazer um julgamento definitivo das questões em que os parapsicólogos “contestam” os fatos espíritas comprovados através de numerosas experimentações realmente científicas, como as de Crookes, Notzing, Myers. etc.
            Os “parapsicólogos” que se valem da parapsicologia como instrumento de combate ao Espiritismo, possuem “um argumento mágico”, o qual resolve todas as dificuldades na interpretação de fenômenos; o subconsciente. Amuletados em uma terminologia extravagante, difícil, confusa e... esotérica, criada para substituir termos simples e inteligíveis do Espiritismo, desandam em divagações teóricas muito imaginosas, quanto falsas e ardilosas, para dar “novas” explicações (?) acerca da reencarnação, da clarividência,
da psicografia,” etc. São elementos indiscutivelmente vivos, espertos, selecionados a dedo no clero ou em camadas por este influenciadas, para virem por meio de livros, jornais, revistas, rádio e televisão, dizer algo a respeito da. “superstição espírita".
            Essa ofensiva.... inofensiva, porque o Espiritismo pode ser combatido e negado, mas não será jamais vencido, vem de longe. Em um livro que constitui fonte valiosa de ensinamentos – “O Espiritismo à luz dos fatos”, editado pela Federação Espírita Brasileira, o autor, Dr. Carlos Imbassahy, desmascara serena e firmemente as afirmativas de “parapsicólogos” e “cientistas”.
            Muitos homens, sinceramente desejosos de alcançar a verdade científica, negavam o Espiritismo, mas, esgotados os seus recursos para explicar os fenômenos psíquicos e os problemas do Espírito e das comunicações do mundo visível com o invisível sem o Espiritismo, renderam-se à. evidência, trocando a posição artificial da negação obstinada pela realidade incontestável dos fatos espíritas, encontráveis em relatórios e obras de Irrecusável probidade e segurança científicas.
            Quem quer que deseje segure a trilha científica que comprova a verdade espírita, pode ler, entre outras, as seguintes obras editadas pela Federação Espírita Brasileira:

            “Animismo e Espiritismo” e
            "Um caso de desmaterialização parcial do Médium”, de Aksakof;
            “O Espiritismo perante a Ciência", de Gabriel Delanne;
            “O Psiquismo Experimental” de Alfred Erny”;
            “A Morte e seu mistério”,
            “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos” e
            “As casas Mal Assombradas", de Camille Flammarion;
            “Animismo e Espiritismo”;
            “Metapsíquica Humana”;
            “Xenoglossia”;
            “Os Enigmas da Psicometria”;
            “Fenômenos Psíquicos no Momento da Morte” e
            “Pensamento e Vontade”, de Ernesto Bozzano;
            “Bases Científicas do Espiritismo”, de Epes Sargent;
            “Fatos Espíritas” de William Crookes;
            “Hipnotismo e Mediunidade” de César Lombroso, etc..

            Há muitas outras, algumas raras, hoje:
            “Les Phênomènes Physiques de Ia Médiumnité”, do Dr. Albert de Schrenck-Notzing (prefaciada por Charles Richet);
            “Tratado de Metapsíquica” de C. Richet;
            “Investigações sobre a Mediunidade”, de Gabriel Delanne;
            “A Alma e suas manifestações através da História”, de Eugene Bonnemère;
            “Apparitions Matérialisées", de Gabriel Delanne.  

            Os problemas que certos “parapsicólogos” apresentam, com as suas estapafúrdias conclusões, estão já solucionados em muitas dessas antigas obras. Repetir velharias já esclarecidas constitui, porém, um dos processos sistemáticos usados sempre pelos adversários do Espiritismo. Mas há parapsicólogos honestos, trabalhando com seriedade, embora convencidos, de boa-fé, de que a nuvem é Juno... (tomar como certo tudo que ouve)

            Na obra "O Espiritismo à luz dos fatos” Imbassahy desbaratou com proficiência todos os argumentos cavilosos de “parapsicólogos” obstinados e pseudocientistas destas paragens, que jamais se deram ao trabalho de fazer investigações e experiências sérias a respeito dos fenômenos espíritas. Apenas ajuntaram tolices recolhidas de fontes anti espíritas e as endossaram, convencidos de que estavam fazendo um bonito papel... Que papelão!
            Diante do que está dito, de nada adianta polemizar com essa gente. Basta indicarmos as obras onde se encontra a descrição pormenorizada dos trabalhos experimentais realizados com honestidade científica, para se ver que eles apenas estão repetindo o que outros colegas seus já disseram, sem base nem amor à verdade.

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