Jesus e o Pai
12,44
Entretanto, Jesus exclamou em voz alta: “-Aquele que crê em mim, crê,
não em mim, mas naquele que Me enviou.
12,45 E aquele que Me vê, vê Aquele que Me
enviou.
12,46 Eu vim como luz do mundo; assim, todo aquele
que crer em Mim, não ficará em trevas.
12,47 Se guarda a Minha palavra, Eu não
o condenarei, porque não vim para condenar o mundo mas, para salvá-lo.
12,48
Quem Me despreza e não recebe as Minhas palavras tem quem o julgue; a palavra
que anunciei julga-lo-á no último dia.
12,49
Em verdade não falei por mim mesmo, mas pelo Pai que Me enviou.
12,50
E, sei, que o Seu mandamento é vida
eterna. Portanto, o que digo, digo-o segundo falou meu Pai.
Aquele, que pratica a moral que ele
pregou e que a personifica pelos seus ensinos e exemplos, não pratica a moral
que seja dele, mas a que, por seu intermédio, vem do próprio Deus.
Quando diz: “O que me vê a mim vê
aquele que me enviou” não fala do seu
corpo que, para os homens, era
material, fala do ser espiritual que, pelas
suas inspirações, estava em conformidade de pensamento com aquele que o
enviara.
Nunca
materializeis segundo a letra; procurai sempre o espírito.
Jesus veio para salvar o mundo,
porquanto conforme afirmação sua, ele é a luz, pela moral, que pregou. Todos os
que a praticam progridem e se depuram, avançam no caminho que os libertará das
trevas da encarnação material, das da inteligência e da expiação após a
morte.
Jesus não veio para julgar o mundo,
mas para o salvar, pois que veio
para ensinar aos homens como devem viver e morrer, tendo em vista o progresso
do Espírito. Veio para regenerar a humanidade, ensinando e exemplificando-lhe
todas as virtudes; traçando para todos os homens, quaisquer que sejam, Judeus
ou Gentios, a estrada que, abstração feita de todos os cultos exteriores, os
conduzirá à fraternidade e, por essa, à unidade; obedecendo à lei de amor;
praticando, portanto, a justiça e a caridade.
Já explicamos o sentido destas
palavras: “Meu Pai a ninguém julga” - Eu não julgo a ninguém - O homem é
julgado por si mesmo; pelos seus atos "no último dia" do seu corpo, o julgamento que a sua
consciência profere, mas que ele quase nunca quer ouvir, se lhe tornará claro e
preciso. E, para a consciência do homem, o critério desse julgamento oferece-o
a moral pura que Jesus pregou e na qual, como Ele próprio o disse, estão toda a lei e os profetas.
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