Dois Dogmas
J.
Fabre
Reformador (FEB) Novembro
1917
Conta J. Fabre que, em certa ocasião, os dois grandes geômetras
franceses Fourier e Laplace, discreteavam
a respeito dos dogmas absurdos que a igreja impunha aos fiéis, como verdades.
Fourier entendia que nenhum era tão absurdo como o do
pecado original. Replicava Laplace que não havia monstruosidade comparável ao
dogma da transubstanciação. Puderam, entretanto, chegar a acordo, e foi este:
- Dos dogmas do catolicismo romano o pecado original é o
mais imoral; a transubstanciação é o mais
absurdo.
O primeiro nasceu de um mito, lenda ou alegoria e serviu
para a formação de outros, que desviaram
a igreja da senda luminosa doa Evangelhos.
O segundo é uma demonstração do orgulho sacerdotal, que
se arroga o poder de transformar em Deus a hóstia, que os fiéis, prestando-lhe
o culto de latria, (veneração, culto de adoração a Deus, adoração, amor
excessivo, idolatria) adoram e... comem.
Quando escrevíamos este eco tínhamos à vista uma notícia sobre conferências apologéticas,
na qual lemos:
...Ao escopo da teologia suprema o preclaro padre... rebuscou
os argumentos mais inefáveis para fundamentar o porquê do grande sacramento eucarístico, união intrínseca entre
Deus e o homem, união tão real que na substância não é excedida nem mesmo pela
do céu, união que faz viver prisioneiro no
santuário o Deus verdadeiro fanal dos bem aventurados....
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