segunda-feira, 1 de junho de 2020

A Vinda do Reino de Deus


Vinda do Reino de Deus  Ei-lo aqui! ou...Ei-lo ali!          
17,20 Interrogado pelos fariseus quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: “ -Não vem o Reino de Deus com visível aparência”;  
17,21 nem se dirá: -Ei-lo aqui! -Ei-lo ali! Pois o Reino de Deus já está no meio de vós!” 
17,22  Mais tarde Ele  explicou aos discípulos: “-Época virá em que desejareis ver um só dia do Filho e não o vereis; 
17,23  Então vos dirão: Ei-lo aqui! Ei-lo ali! Não deveis sair nem os seguir, 
17,24  pois, como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até à outra, assim brilhará o Filho no seu dia; 
17,25 É necessário, porém, que primeiro Ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração; 
17,26 como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá, do mesmo modo, nos dias do Filho.” 17,27  Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos.

                Do livro “Segue-me!”, de Emmanuel por Chico Xavier, extraímos o trecho a seguir, para Lc (17,20) Não vem o Reino de Deus com visível aparência:

            “A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência. Cidades enormes são usadas, à feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por agrupamentos de milhões de pessoas.

            A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico. A Ciência ganha a higiene. O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.

            A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa de pensamento. A escola abrilhanta o cérebro. A técnica orienta a indústria. Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança. O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.

            Entretanto, estaremos diante de civilização impecável? À frente desses empórios resplandecentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra dos instrutores de Allan Kardec, nas bases da Codificação do Espiritismo.

            Perguntando eles “por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa”. através da Questão nº 793, constante de “O Livro dos Espíritos”, deles recebeu a seguinte resposta:

            “Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vos vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram  e quando viverdes, como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização.” 

            Espíritas! Irmãos! Rememoremos a advertência do Cristo quando nos afirma que o reino de Deus não vem até nós com aparências exteriores; para edificá-lo não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita é luz em nossas mãos. Reflitamos nisso.”

            Ainda para Lc (17,20)- leiamos em “Bênção de Paz”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Dominarás a gramática, adquirindo fino lavor verbalista na ciência da expressão, mas enquanto não articulares a própria linguagem na luz da sinceridade e da compreensão, a tua palavra, conquanto primorosa, não renovará a ninguém.

            Indicarás a trilha exata da beneficência através de preciosos conselhos, mas enquanto não te dispuseres a percorrer a estrada do desprendimento, no auxílio aos semelhantes, embora ajudes indiretamente a quem te ouça, andarás órfão de teus próprios avisos.

            Pregarás tolerância, movimentando conceitos sublimes, mas enquanto não deres de ti mesmo em abnegação e humildade, na desculpa que ofertas, não farás claridade no coração a fim de acertar com o próprio caminho.

            Levantarás magnificentes construções terrestres, mas enquanto não ergueres em ti próprio o templo da paz, alicerçado no dever nobremente cumprido, não encontrarás em teu benefício o pouso interior da genuína tranqüilidade.

            Honrarás os teus familiares e amigos como seres extremamente queridos, mas quando não compreenderes que as esperanças e as necessidades deles são iguais às do próximo, com o mesmo direito à bênção de Deus, não conquistarás em favor de ti a cidadania do Universo.

            Desfrutarás admiração e apreço, com espetáculo de prestígio e renome, mas enquanto essas realizações não te repercutirem na vida íntima, em forma de alegria oculta pelas obrigações irrepreensivelmente atendidas, ainda mesmo à custa de supostos fracassos e prejuízos, no campo das experiências materiais, nenhuma demonstração de estima pública te adiantará no reino do espírito, onde, em verdade, se te vincula a vida real.

            Melhoraremos o mundo em derredor de nós, aperfeiçoando a nós mesmos. Capacita-te de que, depois das tarefas executadas no plano físico, possuirás tão somente a extensão e a quantidade de céu que houveres edificado dentro de si.”

          De “Caminho, Verdade e Vida”, de Emmanuel por Chico Xavier, coletamos o trecho que se segue, para Lc (17,23) -Ei-Lo aqui! ou Ei-Lo Alí!:
       
            “As exortações do Mestre  aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.

            Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.

            Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor. Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação. Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus. Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação. Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.

            Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.

            Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.

            O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.”   

Vinda do Reino de Deus           
                 
 17,28 Também, do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot, os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam;    
17,29  No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminaram todos eles;
17,30 Assim será no dia em que o Filho  se manifestar. 
17,31  Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa, não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo, não torne atrás; 
17,32  Lembrai-vos da mulher de Lot;   
17,33  Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas, todo o que a perder,   encontrá-la-á;
17,34  Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama: Um será tomado e o outro será deixado; 
17,35  Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada; 17,36  Dois homens estarão no campo: Um será tomado e o outro será deixado. 
17,37 Perguntaram-lhe os discípulos: -Onde será isto, Senhor? Respondeu-lhes: “ -Onde quer que esteja o corpo, ali se reunirão as águias.”

         Para  Lc (17,33) -O  que procurar salvar sua vida perdê-la-á... - leiamos a Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas”(Ed. FEB): 

            “Compreendamos bem, em espírito e verdade, o pensamento de Jesus, dizendo, de um duplo ponto de vista, o que consta neste versículo. Aquele que só vive para o presente, preocupado unicamente em conservar a vida material, virá, mais cedo ou mais tarde, a perdê-la, pois que morrerá. Mas, como, ao perdê-la, não tenha cuidado do seu progresso espiritual, que é o em que consiste a salvação da alma, terá de recomeçar, achando assim de novo a vida que perdera e pela qual se lhe reabre a estrada que o conduzirá  a meta. Aquele que trata de salvar a vida espiritual perderá a vida material, mas achará do outro lado do túmulo a que não tem fim, a que ambicionava.”

            Para Lc (17,34-35) -Um será tomado e outro será deixado...- ainda desta fonte:

            “Como nem todos se acharão no mesmo grau de adiantamento, na época da purificação do planeta, forçoso será que haja uma escolha dos que possam continuar a reencarnar na Terra, uma vez concluída a separação do joio e do trigo.”

            Para  Lc (17,36-37) -Onde estiver o corpo aí se reunirão as águias... - leiamos, uma vez mais, da mesma fonte:

            “À sua resposta deu Jesus uma forma evasiva, pela mesma razão que muitas vezes falava servindo-se de figuras emblemáticas, isto é, porque os discípulos o não compreenderiam, se respondesse de modo preciso. Hoje, pela nova revelação, sabemos que as palavras do Mestre querem dizer: Por toda parte onde haja na Terra humanidade, haverá progresso e mudança e onde quer que a depuração se tenha completado, aí se reunirão os Espíritos purificados, os guias, os águias.” 

                           
                                   
                                  


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