Tranquilidade
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Outubro 1952
Tenho-vos dito isto para
que em mim tenhais paz. - Jesus (João, 16:33)
A palavra do Cristo está sempre
fundamentada no espírito de serviço, a fim de que os
discípulos se não enganem no capítulo da tranquilidade.
De maneira geral, os aprendizes do
Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante nada significa, além de
estacionamento por vezes criminoso. No conceito da maioria, a segurança reside
em garantia financeira, em relações prestigiosas no mundo, em salários astronômicos.
Isso, entretanto, é secundário. Tempestades da noite costumam sanear a atmosfera
do dia angústias de morte renovam a visão falsa da experiência terrestre. É
melhor estar em dia com a luta, que guardar-se em descanso provisório, por
encontra-la amanhã, com a dolorosa surpresa de quem defronta fantasmas.
A Terra é escola de trabalho
incessante.
Dificuldades e sofrimentos são
orientadores da criatura.
É preciso, pois, renovar-se a concepção
da paz na mente do homem, por ajusta-lo a missão são que foi chamado a cumprir
na obra de Deus, a benefício de si mesmo.
O Mestre induziu-nos à tranquilidade
em seu amor. Ter paz em Cristo não é ter paz no mundo. É encontrar o tesouro
eterno no testemunho e no suor de cada dia. Não é fugir ao serviço, é aceitá-lo
seja onde for, como e quando determine a Vontade d'Aquele que prossegue em ação
redentora, junto de todos nós.
Muitos homens sempre buscaram a
tranquilidade dos cadáveres; mas, o discípulo fiel sabe que tem esforços e
tarefas todos os dias da existência. Atingindo semelhante zona de compreensão,
o aprendiz conhece o segredo da paz em Cristo, com o máximo de lutas na Terra.
Para ele continuam batalhas, atritos, trabalhos e testemunhos no planeta;
entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque
alcançou o luminoso caminho experimentando a tranquilidade em Jesus.
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