quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Melquisedec



Melquisedec
por Mínimus (Antonio Wantuil)
Reformador (FEB) Abril 1947

            Diz-nos Gênesis (XIV-18:20) que Melquisedec, rei de Jerusalém e sacerdote do Deus Altíssimo, abençoou a Abraão, deu-lhe pão e vinho e dele recebeu o dizimo.

            Em seu Salmo CX-4, David profetizou a vinda do Messias, apresentando-o como sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.

            S. Paulo, em sua Epístola aos Hebreus (V a IX), repetidamente nos fala sobre Melquisedec, comparando-o ao Cristo e dizendo que muitas outras coisas não poderiam ser explicadas a respeito, porque os homens ainda não as poderiam ouvir, afirmando, porém, que Melquissedec não teve genealogia, sendo sem pai, sem mãe, e que não teve princípio de dias nem fim de vida, porque foi feito semelhantemente ao Cristo.

            Mais tarde, surgiu a seita dos Melquisedecianos, cujos teólogos o tinham como um ser extraterreno, um anjo, opinião esta posteriormente apoiada por vários autores católicos.

            Ora, diante da resposta do Espírito de São Luís a Allan Kardec (*), de que existiam na Bíblia exemplos de agêneres, lembramo-nos de que, além do fato relatado no "Livro de Tobias", também Melquisedec tivesse sido um agênere, e, pelo que dele consta, um agênere de altíssima categoria espiritual,

            Os fatos aí estão. Diz-nos Paulo - que só os compreenderemos quando nos tornarmos menos negligentes. Esforcemo-nos, pois.

(*) V. Revue Spirite, Fevereiro de 1859, páginas 36 a 41, ou Reformador, Janeiro de 1947. páginas 1 a 4.



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