A Festa dos Tabernáculos -
Jesus Promete o Espírito
7,37 No último dia, que é o principal
dia da festa, estava Jesus de pé
e clamava: “ -Se alguém tiver
sede, venha a Mim e beba,
7,38 quem crê em Mim,
como diz a escritura: Do seu interior emanarão rios de água viva.
(Zac 14,8) et (Is 58,11)”
7,39 Dizia isso, referindo-se ao espírito que
havia de receber os que cressem Nele; pois ainda não fora dado o espírito,
porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Para
Jo (37-39), -Jesus Promete o Espírito - tomemos “Dois Mundos Tão Meus”, de Luiz Sérgio por
Irene Pacheco Machado:
“Parecia que a minha poltrona da
Universidade já me esperava, tal o conforto que senti ao sentar-me:
Iniciou-se a explicação da passagem
da Festa dos Tabernáculos ou das Cabanas, assim chamada porque durante os dias
de sua celebração os judeus habitavam tendas feitas de folhagem verde para
comemorar a longa estada no deserto.
A finalidade da festa era agradecer
a Deus os bens recebidos.
Aquele povo sofrido ia agradecer a
Deus a colheita; velhos, moços e crianças, ricos e pobres, todos louvavam ao
Senhor.
Era tanta gente que cabanas eram
erguidas nas ruas e nos pátios do templo.
De manhã os sacerdotes faziam
ressoar as trombetas de prata e, carregando ânforas com água e vinho, iam eles
ao compasso da música, subindo os amplos degraus do templo, com o andar
cadenciado, alcançando o altar.
Ali se encontravam duas bacias de
prata, tendo um sacerdote ao pé de cada uma. A ânfora contendo água era
despejada em uma bacia, e uma ânfora de vinho em outra.
O conteúdo das duas corria por um
túnel que ia até a planície de Cedron e dali ao Mar Morto. Esse ritual da água
consagrada representava a fonte que Deus mandava para dessedentar os filhos de
Israel. O povo cantava: Com alegria
tirareis águas das fontes da Salvação.
(Isaías 12,3)
Víamos
os filhos de José convidando Jesus para a festa e Este alheio às convenções. Indagaram-Lhe por que não mais
comparecia às reuniões nacionais. Jesus nada disse, mas os filhos de José e os
apóstolos compreenderam, que Ele evitava inúteis conflitos com os Chefes de
Jerusalém. Só labutava na Galiléia, o que levava os Seus discípulos e Seus
irmãos à preocupação, porque Ele, que tanto pregava o amor, não respeitava as
exigências tradicionais, como guardar o sábado e lavar as mãos antes das
refeições.
O Cristo não assentiu aos pedidos dos filhos de José e dos
discípulos que insistiam para que fosse à festa, mas Ele apenas respondeu: “O mundo não vos aborrece, mas ele Me
aborrece a Mim”, querendo dizer que o mundo não aborrece aos que se lhe
assemelham. Assim, os irmãos abandonaram Jesus, buscando o mundo. Ele ali
ficou, pensativo, até que resolveu caminhar por uma estrada pouco transitada,
queria evitar os viajantes.
Chegou a Jerusalém, indo até o templo. Quando
o adentrou o silêncio se fez; Sua figura divina levava o povo ao êxtase e Ele,
majestoso e belo, iniciou a preleção. Sua palavras eram claríssimas e o povo ficou deslumbrado com sua doutrina,
porque sua palavra era dita com autoridade. (Lucas 4,32)
Cristo
disse àquele povo que não gostaria que se cumprissem as profecias. Ele orava
para não ser rejeitado por Sua própria nação. Ele queria salvar Israel da culpa
de tal ato.
O povo, maravilhado, indagava entre si: como
pode possuir tal conhecimentos e não estudou nas escolas dos rabinos? Ele e João Batista eram tidos como
ignorantes.
Jesus ali ficou, dia após dia, ensinando
aquele povo e, para terminar, como se quisesse salvar Israel, falou em voz
suplicante: “Se alguém tem sede venha a
mim e beba. Quem tem sede, venha; e quem quiser tome de graça da água da vida ”
Terminada
a festa, Jesus foi seguido e vigiado por espias.
Os sacerdotes estavam esperando a
hora de prendê-Lo.
Desde a cura em Betsaida vinham eles
tramando Sua morte.”
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