domingo, 29 de setembro de 2019

A Festa dos Tabernáculos - Jesus promete o Espírito

A Festa dos Tabernáculos -
Jesus Promete o Espírito                 

7,37 No último dia, que é o principal dia da festa, estava  Jesus  de pé  e  clamava: “ -Se alguém tiver sede, venha a Mim e beba,
7,38 quem crê em Mim, como diz a escritura: Do seu interior emanarão rios de água viva. 
(Zac 14,8) et (Is 58,11)” 
7,39 Dizia isso, referindo-se ao espírito que havia de receber os que cressem Nele; pois ainda não fora dado o espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.


          Para Jo (37-39), -Jesus Promete o Espírito - tomemos  “Dois Mundos Tão Meus”, de Luiz Sérgio por Irene Pacheco Machado:

            “Parecia que a minha poltrona da Universidade já me esperava, tal o conforto que senti ao sentar-me:
            Iniciou-se a explicação da passagem da Festa dos Tabernáculos ou das Cabanas, assim chamada porque durante os dias de sua celebração os judeus habitavam tendas feitas de folhagem verde para comemorar a longa estada no deserto.
            A finalidade da festa era agradecer a Deus os bens recebidos.
            Aquele povo sofrido ia agradecer a Deus a colheita; velhos, moços e crianças, ricos e pobres, todos louvavam ao Senhor.
            Era tanta gente que cabanas eram erguidas nas ruas e nos pátios do templo.
            De manhã os sacerdotes faziam ressoar as trombetas de prata e, carregando ânforas com água e vinho, iam eles ao compasso da música, subindo os amplos degraus do templo, com o andar cadenciado, alcançando o altar.  
            Ali se encontravam duas bacias de prata, tendo um sacerdote ao pé de cada uma. A ânfora contendo água era despejada em uma bacia, e uma ânfora de vinho em outra.
            O conteúdo das duas corria por um túnel que ia até a planície de Cedron e dali ao Mar Morto. Esse ritual da água consagrada representava a fonte que Deus mandava para dessedentar os filhos de Israel. O povo cantava: Com alegria tirareis águas das fontes da Salvação. (Isaías 12,3)
            Víamos os filhos de José convidando Jesus para a festa e Este alheio às convenções.           Indagaram-Lhe por que não mais comparecia às reuniões nacionais. Jesus nada disse, mas os filhos de José e os apóstolos compreenderam, que Ele evitava inúteis conflitos com os Chefes de Jerusalém. Só labutava na Galiléia, o que levava os Seus discípulos e Seus irmãos à preocupação, porque Ele, que tanto pregava o amor, não respeitava as exigências tradicionais, como guardar o sábado e lavar as mãos antes das refeições.
            O Cristo não assentiu  aos pedidos dos filhos de José e dos discípulos que insistiam para que fosse à festa, mas Ele apenas respondeu: “O mundo não vos aborrece, mas ele Me aborrece a Mim”, querendo dizer que o mundo não aborrece aos que se lhe assemelham. Assim, os irmãos abandonaram Jesus, buscando o mundo. Ele ali ficou, pensativo, até que resolveu caminhar por uma estrada pouco transitada, queria evitar os viajantes.
             Chegou a Jerusalém, indo até o templo. Quando o adentrou o silêncio se fez; Sua figura divina levava o povo ao êxtase e Ele, majestoso e belo, iniciou a preleção. Sua palavras eram claríssimas e o povo ficou deslumbrado com sua doutrina, porque sua palavra era dita com autoridade. (Lucas 4,32)
            Cristo disse àquele povo que não gostaria que se cumprissem as profecias. Ele orava para não ser rejeitado por Sua própria nação. Ele queria salvar Israel da culpa de tal ato.
             O povo, maravilhado, indagava entre si: como pode possuir tal conhecimentos e não estudou nas escolas dos rabinos?  Ele e João Batista eram tidos como ignorantes.
             Jesus ali ficou, dia após dia, ensinando aquele povo e, para terminar, como se quisesse salvar Israel, falou em voz suplicante: “Se alguém tem sede venha a mim e beba. Quem tem sede, venha; e quem quiser tome de graça da água da vida ”
            Terminada a festa, Jesus foi seguido e vigiado por espias.
            Os sacerdotes estavam esperando a hora de prendê-Lo.
            Desde a cura em Betsaida vinham eles tramando Sua morte.”



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