segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Cura de um doente


Cura de um Doente                  

14,1  Jesus entrou num sábado na casa de um fariseu notável, para uma refeição. 
14,2 Havia, ali, um homem hidrópico. 
14,3 Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: “ -É permitido ou não fazer curas nos dias de  sábado?” 
14,4  Eles nada disseram. Então, Jesus, tomando o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 
14,5  Depois, dirigindo-se a eles, disse: “ -Qual de vós que, se lhe cair um jumento ou um boi num poço, não o tira imediatamente, mesmo em dia de sábado?” 
14,6 A isto, nada lhe podiam replicar.
* Hidropsia - Acumulação anormal de um líquido seroso em alguma parte do corpo.


             Para Lc (14,1-6) -Cura de um Doente  - cabe   recorrer   a   Antônio   Luiz   Sayão,    em “Elucidações Evangélicas”:

            “O hidrópico fora levado à presença de Jesus pelos doutores da lei, pelos escribas e fariseus, para verem se o apanhavam em culpa, ou por violar o sábado, caso, cedendo aos piedosos impulsos do seu coração, o curasse naquele dia, ou por faltar à caridade, se, para guardar escrupulosamente o sábado, não o fizesse. Porém, Jesus, que lhes lia no íntimo os pensamentos, efetuou a cura, inibindo-os de formular contra Ele qualquer acusação, mediante as perguntas que lhes dirigiu e a que eles se viram impossibilitados de responder.

            Quanto à cura, o Mestre a operou, como todas as outras que os Evangelhos registram, pelo poder da sua vontade, exercendo sobre o doente uma ação magnética, que lhe saturou o organismo dos fluidos apropriados a restabelecer ali o equilíbrio desfeito.

            A hidropsia tem a sua causa num empobrecimento do sangue, cujo quilo diminui, sendo substituído pelas partes aquosas que ele contém, devido isso a uma alteração dos princípios vitais, por efeito de privações ou de excessos.

            Bem dirigida, a ação magnética humana pode deter os progressos dessa decomposição do sangue e mesmo fazê-la cessar; mas, só com tempo e perseverança, porquanto os instrumentos ainda não são bastante puros, para não alterarem ou apoucarem, pelo seu contato, os fluidos de que possam dispor.

            Jesus, magnetizador perfeito, empregava os princípios curativos em toda a sua pureza e, conseguintemente, no máximo grau de eficácia.

            Não diz o evangelista que a tumefação produzida pela enfermidade cessou inopinadamente; diz apenas que a enfermidade foi curada. Significa isso que a causa do mal foi destruída, restabelecendo-se o equilíbrio como conseqüência da ação magnética exercidas, da ação dos fluidos de que Jesus impregnava o organismo do enfermo.

            O mal chegara a uma de suas últimas fases e a fraqueza obstava a que o hidrópico fizesse qualquer esforço. Jesus, entretanto, o mandou embora. É que lhe deu forças, para se retirar, e esse era o prenúncio da cura visível: a desinchação.”

           


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