Destruição e
Miséria
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Janeiro 1951
“Em seus caminhos há destruição e miséria.” – Paulo aos Romanos 3:16
Quando
o discípulo se distancia da confiança no Mestre e se esquiva à ação nas linhas
do exemplo que o seu divino apostolado nos legou, preterindo a senda vasta de
infidelidade à própria consciência, cava, sem perceber, largos abismos de
destruição e miséria por onde passa.
Se
cristaliza a mente na ociosidade elimina o bom ânimo no coração dos
trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de
servir.
Se
desce ao desfiladeiro da negação, destrói as esperanças tenras no sentimento de
quantos se abeiram da fé e tece vasta rede de sombras para si mesmo.
Se
transfere a alma para a residência escura do vício, sufoca as virtudes
nascentes nos companheiros de jornada e adquire débitos pesados para o futuro.
Se
asila o desespero, apaga o tênue clarão da confiança na alma do próximo e chora
inutilmente, sob a tormenta de lágrimas destrutivas.
Se
busca refúgio na casa fria da tristeza, asfixia o otimismo naqueles que o
acompanham e perde a riqueza do tempo, em lamentações improfícuas.
A
determinação divina para o aprendiz do Evangelho é seguir adiante, ajudando,
compreendendo e servindo a todos.
Estacionar
é imobilizar os outros e congelar-se.
Revoltar-se
é chicotear os irmãos e ferir-se.
Fugir
ao bem é desorientar os semelhantes e aniquilar-se.
Desventurados
aqueles que não seguem o Mestre que encontraram, porque conhecer Jesus Cristo
em espírito e viver longe d'Ele será espalhar a destruição, em torno de nossos
passos e conservar a miséria dentro de nós mesmos.
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