quarta-feira, 20 de março de 2019

O Pão da Vida


O Pão da Vida                                

6,30 Perguntaram-Lhe: -Que sinal fazes Tu, para que o vejamos e creiamos em Ti? Qual é a Tua obra?
6,31  Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: “Deu-lhes a comer o pão vindo do céu (Salmo 77,24)”
6,32  Jesus respondeu-lhes: “ -Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o Meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu. 
6,33   Porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”
6,34  Disseram-lhe: -Senhor, dá-nos sempre deste pão!
6,35  Jesus replicou: “ -Eu sou o pão da vida: Aquele que vem a mim não terá fome e aquele que crê em mim jamais terá sede.
6,36   mas, já vos disse: Vós me vedes e não me credes...
6,37  todo aquele que o Pai me dá virá a mim: e o que vem a mim, não lançarei fora 6,38  pois, desci do céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade Daquele que me enviou
6,39 ora, essa é a vontade Daquele que me enviou: Que Eu não deixe perecer nenhum daquele que Me deu, mas que os ressuscite no último dia
6,40 Esta é a vontade de Meu Pai; que todo aquele que vê o Filho e Nele crê, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.”


         Para Jo (6,30), -Demonstrações do Céu -  tomemos  “Fonte Viva”(Ed. FEB), de Emmanuel por Chico Xavier:
                       
            “Em todos os tempos, quando alguém na Terra se refere às coisas do Céu, verdadeira multidão de indagadores se adianta pedindo demonstrações objetivas das verdades anunciadas.

            Assim é que os médiuns modernos são constantemente assediados pelas exigências de quantos se colocam à procura da vida espiritual.

            Esse é vidente e deve dar provas daquilo que identifica. Aquele escreve em condições supranormais e é constrangido a fornecer testemunho das fontes de sua inspiração. Aquele outro materializa os desencarnados e, por isso, é convocado ao teste público.

            Todavia, muita gente se esquece de que todas as criaturas do Senhor exteriorizam os sinais que lhes dizem respeito.

            O mineral é reconhecido pela utilidade. A árvore é selecionada pelos frutos. O firmamento espalha mensagens de luz. A água dá notícias do seu trabalho incessante. O ar asparge informações, sem palavras, do seu poder na manutenção da vida.

            E, entre os homens,  prevalecem os mesmos imperativos. Cada irmão de luta é examinado pelas suas características. O tolo dá-se a conhecer pelas puerilidades. O entendido revela mostras de prudência. O melhor demonstra as virtudes que lhe são peculiares.

            Desse modo, o aprendiz do Evangelho, ao solicitar revelações do céu para a jornada da Terra, não deve olvidar as necessidades de revelar-se firmemente disposto a caminhar para o Céu. Houve dia em que a turba vulgar dirigiu-se ao próprio Salvador que a beneficiava, perguntando:

            -Que sinal fazes Tu para que o vejamos, e creiamos em Ti?

            Imagina, pois, que se ao Senhor da Vida foi dirigida semelhante interrogativa, que indagação não se fará do Alto a nós outros, toda vez que rogarmos sinais do Céu, a fim de atendermos ao nosso simples dever?


            Para  Jo (6,32) -Meu Pai vos dá o verdadeiro pão do Céu... - leiamos a Emmanuel por Chico Xavier, em “Vinha de Luz” (Ed. FEB):

            “Toda arregimentação religiosa na Terra não tem escopo maior que o de preparar as almas, ante a grandeza da vida espiritual.

            Templos de pedra arruínam-se. Princípios dogmáticos desaparecem. Cultos externos modificam-se. Revelações ampliam-se. Sacerdotes passam.

            Todos os serviços da fé viva representam, de algum modo, aquele pão que Moisés dispensou aos Hebreus, alimento valioso sem dúvida, mas que sustentava o corpo apenas por um dia, e cuja finalidade primordial é a de manter a sublime oportunidade da alma em busca do verdadeiro pão do Céu.

            O Espiritismo Evangélico, nos dias que correm, é abençoado celeiro desse pão. Em suas linhas de trabalho, há mais certeza e esperança, mais entendimento e alegria.

            Esteja, porém, cada companheiro convencido de que o esforço pessoal no pão divino para a renovação, purificação e engrandecimento da alma há de ser culto dominante no aprendiz ou prosseguiremos nas mesmas obscuridades mentais e emocionais de ontem. Observações de ordem fenomênica destinam-se ao olvido. Afirmativas doutrinárias elevam-se para o bem. Horizontes do conhecimento dilatam-se ao infinito. Processos de comunicação com o invisível progridem sempre.

            Médiuns sucedem-se uns aos outros.

            Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-te com todas as energias ao aproveitamento do pão divino que desce do Céu para o teu coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com  a  mente  inflamada   de   amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial.                   
             
O Pão da Vida                                
                                

6,41 Murmuravam então Dele os judeus, porque dissera: “-Eu sou o pão que desci do céu.”
6,42 E perguntaram: Porventura não é Ele, Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos?  Como, pois, diz  Ele, “ -Desci do céu!”
6,43 Respondeu-lhes Jesus: “ -Não murmureis entre vós!
6,44  Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que Me enviou, não o atrair, e Eu hei de ressuscitá-lo no último dia
6,45 Está escrito nos profetas:  “Todos serão ensinados por Deus” (Is.54,13). Assim, todo aquele que ouviu o Pai   e  foi  por  Ele  instruído,  vem  a  mim; 
6,46  Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai;
6,47  Em verdade, em verdade vos digo:  Quem crê em mim tem a vida eterna;
6,48  Eu sou o pão da vida;
6,49 Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram;
6,50  Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer.”



          Para Jo (6,48), -Eu sou o pão da vida -  tomemos  “Palavras de Vida Eterna” (Ed. FEB),  de Emmanuel por Chico Xavier:
                       
            “Importante considerar a afirmativa de Jesus, comparando-o ao pão.

            Todos os povos, em todos os tempos, se ufanam dos pratos nacionais. As mesas festivas, em todas as épocas, banqueteiam-se com viandas exóticas. Condimentação excitante, misturas complicadas, confeitos extravagantes, grande cópia de animais sacrificados. Às vezes, depois das iguarias tóxicas, as libações de entontecer.

            O pão, no entanto, é o alimento popular. Ainda mesmo quando varie nos ingredientes que o compõem e nos métodos de confecção em que se configura, é constituído de farinha amassada e vulgarmente fermentada e que, depois de submetida ao calor do forno, se transforma em fator do sustento mundial. Sempre o mesmo, na avenida ou na favela, na escola ou no hospital. Se lhe adicionam outra espécie de quitute, entre duas fatias, deixa de ser pão. É sanduíche. Se lançado à formação de acepipe que o absorva, naturalmente desaparece.

            O pão é invariavelmente pão.

            Quando alguém te envolva no confete da lisonja, insuflando-te vaidade, não te dês à superestimação dos próprios valores. Não te acredites em condições excepcionais e nem te situes acima dos outros.

            Abraça nos deveres diários o caminho da ascensão, recordando que Jesus - o Enviado Divino e Governador Espiritual da Terra - não achou para si mesmo outra imagem mais nobre e mais alta que a do pão puro e simples.” 



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