Cura
de Um Cego
8,22
Chegando eles a Betsaida, trouxeram-Lhe um cego e suplicaram-Lhe que o
tocasse.
8,23 Jesus tomou o cego pela
mão, levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhes as
mãos, perguntou-lhe: “ -Vês alguma coisa?”
8,24 O
cego levantou os olhos e respondeu: -Vejo os homens como árvores que andam!
8,25 Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos
nos olhos, e ele começa a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de
longe.
8,26 E mandou-o para casa,
dizendo-lhe: “ -Não entres nem mesmo na aldeia.”
Em “A Gênese”, de
A. Kardec, lemos, em seu cap. XV, o
trecho que se
segue, para Mc (8,22-26) -Cura
de um Cego:
“Aqui, é evidente o
efeito magnético; a cura não foi instantânea, porém gradual e consequente a uma
ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização
ordinária. A primeira sensação que o homem teve foi exatamente a que
experimentam os cegos ao recobrarem a vista. Por um efeito de ótica, os objetos
lhes parecem de tamanho exagerado.”
Para Mc
(8,22-26) - Cura de um cego - leiamos Antônio
Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas (FEB)”:
“Jesus nunca se achava só. Estava sempre
acompanhado. A recomendação que fez dizia respeito à visão do cego.
Da primeira vez que lhe impôs as mãos,
deu-lhe o Mestre a vista espiritual. Viu ele então os Espíritos que em torno
daquele se grupavam e que lhe pareceram homens de gigantescas proporções. Pela
segunda imposição das mãos, Jesus lhe curou os órgãos animais, passando ele a
ver os outros homens, seus semelhantes. Fora-lhe restituída a visão corporal.
Aquela, a espiritual, se desenvolvera
pela ação dos Espíritos que cercavam o Mestre, os quais fizeram que o homem se
tornasse, na ocasião, vidente, desembaraçando-lhe da matéria o Espírito.
A explicação desse fenômeno, que foi de
desprendimento, é a mesma dos fenômenos magneto-espíritas, ou seja: dos
fenômenos devidos não só ao magnetismo espiritual, mas também ao magnetismo
empregado com o fim de desenvolver a visão espiritual. Pelo contato dos fluidos
humanos que o circunvolvem, o Espírito adquire maior força; seu perispírito, ou
duplo, forrando-se, por assim dizer, aos eflúvios perispiríticos que o rodeiam,
pode subtrair-se ao corpo que o retém, o que lhe permite recobrar,
momentaneamente, uma certa liberdade.”
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