A
Coincidência
Newton G. de
Barros
Reformador
(FEB) Julho 1975
Parapsicologia: ilusão ou ciência?
Lemos em “The roots of coincience"
( "As razões da coincidência" --- tradução cuidadosa de Editora Nova Fronteira
- 1972).
A apresentação do livro nos diz que
o autor de “Do zero ao infinito” levanta
um novo tema
audacioso:
“Os fenômenos inconcebíveis da
percepção extra-sensorial (telepatia, premonição, clarividência) parecem menos
absurdos à luz das inconcebíveis proposições da Física Moderna.
É interessante relembrarmos que
Arthur Koestler, nascido húngaro, de Budapest, em 1905, estudou psicologia em
Viena - a mesma Viena de Freud e sua psicanálise.
Cidadão inglês, divulga seus
conhecimentos através de conferências das Universidades americanas.
Prêmio Sonning, da Universidade de
Copenhague, está à altura de afirmações
curiosas
para os dois mundos: da Física dos quanta e da Parapsicologia.
Se procurarmos o lugar da ciência de
Robert Amadou e Joseph Banks Rhine,
deveremos
com a metodologia conhecer seu “objeto”. E qual sua posição entre as ciências
dos quatro grupos da racional e lógica classificação, baseada em Auguste Comte:
das matemáticas, da físico-química, da biologia ou das ciências sócio-morais?
Logicamente, deveremos encontrá-la
entre as sócio-morais, pelo seu método de pesquisa.
- Mas, qual
o seu objeto?
O próprio Robert Amadou levantava a
questão, na primeira década das hipóteses.
Afirma Koestler (Página treze): A
pesquisa parapsicológica tornou-se mais rigorosa; levantou estatísticas; entrou
nos computadores. Enquanto isso, a Física teórica tomou-se cada vez mais “oculta”.
E prossegue: “De tal sorte que poderíamos,
de certo modo, inverter a acusação - a Parapsicologia seria acusada de pedantismo
científico e a física dos quanta de se inclinar para os conceitos sobrenaturais”.
Quando William Crookes iniciou suas
pesquisas sobre os fenômenos considerados sobrenaturais já era um nome
respeitado na Academia Real de Londres. Estudioso da matéria radiante, das
fotografias da Lua, descobridor do tálio e muitas outras iniciativas
criteriosas; características de um Espírito que vinha destruir o conceito de
sobrenatural.
Com a médium Florence Cook - todos
nós o sabemos da leitura de suas atas ("Fatos Espíritas", 6ª edição,
FEB, 1971), obteve fotografias de Katie Kíng, materializada, através de
magníficas provas de ectoplasmia.
Esses fenômenos estão, hoje, sob
controle científico e poderão admitir, em parte, a metodologia da físico-química.
Ou das ciências biológicas.
Resta-nos admitir o retorno do Espírito
de um chamado morto e submetê-lo às técnicas de laboratório de William Crookes.
Quando Madame Elisabeth d'Espérance,
em seu livro "Shadow Land" (publicado pela FEB, 3ª edição, 1974 sob o
título “No País das Sombras”), pedia que a estudassem, transformou-se,
voluntária e cientificamente, em cobaia da Parapsicologia, da bio-comunicaçâo
russa e da sagrada mediunidade.
Ela mesma eliminaria o sobrenatural,
submetendo-se, em condições precárias de saúde, à curiosidade não-científica
até de aventureiros do final do Século XIX e início da era atômica.
No livro “Desobsessão" (2ª edição,
FEB, 1969, Espírito André Luís, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira),
os métodos de pesquisa para os fenômenos mediúnicos são apresentados à luz da
didática mais moderna.
Se há uma inversão de posições entre
Física e Parapsicologia, Arthur Koestler possui razões forte com suas vivências
politécnicas e polivalentes.
Dizemos com Renée Haynes: “É
fascinante de sincronicidade, o fato de físicos e parapsicólogos terem de usar
o termo psi para indicar o que lhes é ainda desconhecido.
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