O Quadro Negro
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Dezembro 1976
"Mas, tenho-vos dito isto a fim de que quando chegar aquela
hora vos lembreis de que já vo-lo tenho dito." - Jesus, (João, 16:4).
Jesus se referia aos próprios testemunhos, entretanto, podemos
igualmente aplicar seus divinos conceitos a nós mesmos, desencarnados e encarnados.
Cada discípulo terá sua hora de revelações do aproveitamento
individual.
As escolas primarias não dispensam o habitual quadro negro,
destinado às demonstrações isoladas do aluno. Frente ao professor consciencioso,
o aprendiz mostrará o que aproveitou, sem os recursos do plágio afetuoso entre
companheiros. Sobre a zona escura, o giz claro definirá fielmente a posição
firme ou insegura do estudante. E não será isto mesmo que se repete na escola
vasta do mundo? O homem, nas lutas vulgares, poderá socorrer-se indefinidamente
dos bons amigos. O Pai permite semelhantes contatos para que as oportunidades
de aprender se lhe tornem irrestritas. Contudo, Iá vem aquela hora em que a criatura
deve tomar o giz alvo e puro das realizações espirituais e caminhar em direção
ao quadro negro das provas edificantes.
Alguns aprendizes fracassam porque não sabem multiplicar os bens,
nem dividi-los; ignoram como subtrair a luz das trevas, somam as lutas e formam
equações de ódio e vingança.
Esquecem-se que Jesus salientou o amor em todas as situações do
apostolado evangélico e que, mesmo na cruz, depois de receber as parcelas da injúria,
da perseguição, da ironia, do desprezo, somou-as na tábua do coração,
estabelecendo a divina equação da serenidade, do entendimento e do perdão.
Oh! vós, que ides ao quadro negro das atividades terrestres,
abandonai o giz escuro da desesperação! Escrevei em caracteres de luz o que
aprendestes do Mestre Divino. Revelai o próprio valor! Lembrai-vos que
instrutores benevolentes e sábios vos acompanham as mãos!
Abençoai o quadro negro que vos pede o giz de suor e lágrimas,
porque daí podereis conquistar o curso maior....
Nenhum comentário:
Postar um comentário