Profetas da Cizânia
Tibúrcio
Barreto (Indalício
Mendes)
Reformador
(FEB) Outubro 1955
Jesus advertiu os discípulos quanto à
vigilância permanente, para que eles não se deixassem surpreender pelo
arrependimento tardio. Alertou-os, e aos pósteros, para que se mantivessem de
espírito desperto: “Guardai-vos dos
falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de ovelha e que por
dentro são lobos rapaces. Conhecê-los-eis pelos seus frutos.”
Dentro da Seara Espirita, de quando em
quando surgem falsos profetas, pregando pela palavra a união, mas realizando,
pelos atos, a divisão. Esses são os piores profetas, porque aparentam um objetivo
mas perseguem outro. Os espíritas precisam de vigilância constante e devem
compreender a necessidade do exame rigoroso dos inovadores, porque, muitas
vezes estão a serviço das forças negativas, que nada mais almejam do que a
divisão dos espíritas para o enfraquecimento do Espiritismo.
A melhor atitude é o refúgio dentro da
Doutrina codificada por Allan Kardec. Há profetas que são vítimas de uma
egolatria assoberbante. Às vezes nem se apercebem dos erros que cometem,
iludidos, como Narciso, com os próprios encantos. Possivelmente, enganam-se a si
mesmos e de tal forma que se colocam, sem
o
sentir, a serviço daqueles que estão sempre procurando elementos para atacar o
Espiritismo. As provocações são muitas, mas os espíritas devemos ser
cautelosos, temos por nós o Evangelho segundo o Espiritismo e a Doutrina dos
Espíritos que Kardec codificou. Sejamos prudentes e, sobretudo, fiéis aos
nossos próprios princípios, constantes dos ensinos doutrinários a que nos
referimos.
O personalismo anda muito espalhado e às
vezes se encobre com as vestes dos profetas para que sua vaidade possa embair a
boa fé dos maus observadores. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas que
seduzirão a muitas pessoas.” É o que se está vendo em nossos dias. No fundo
a verdade é que não se trata de unir e congraçar mas de seduzir os homens e
reuni-los em torno de profetas que somente o são ante os que não têm olhos para
ver.
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