por Luiz Gomes da Silva
Reformador (FEB) Junho
1946
Jesus, em seus ensinos,
deixou-nos lições imorredouras, que hão de atravessar séculos e mais séculos
sem que percam o brilho significativo do seu esplendor. Uma das parábolas que
muito nos tem dado que meditar, por nos dizer respeito, é a da figueira
condenada pelo Mestre por não dar frutos e que possuía uma ramagem frondosa à cuja sombra procuravam abrigar-se do sol escaldante os pássaros do céu, Estes,
porém, vasculhando as folhas em procura de figos para se alimentarem, e não os
encontrando, eram forçados a abandoná-la, indo em busca de outra que além de
folhas tivesse figos. É o que está acontecendo em nossos dias com as velhas
Igrejas, ao serem abandonadas por seus adeptos, por não produzirem elas frutos
que satisfaçam os que pensam e raciocinam.
Essas religiões dominam e
imperam em algumas nações, às quais chamamos civilizadas. Prova de sua influência,
tivemo-la há pouco, quando os representantes das nações unidas proclamaram,
alto e bom som, que eram cristãos, e por essa razão não se reuniriam no dia de
Sexta-feira Santa. Se assim procedessem, tão religiosamente, na prática dos
evangelhos de Jesus, jamais provocariam guerras: suas consciências viveriam
constantemente vibrando emocionadas pelo amor fraterno que deve unir todos os
filhos de Deus. Mostram essas criaturas serem rígidas na observância dos dias
santificados pelas igrejas ricas em bens terrestres e tão pobres em atos
fraternais, benzendo canhões e espadas que hão de ferir e matar os seus
semelhantes. Esquecidos do "Não matarás", os povos que se dizem
cristãos, dominados pelo egoísmo, desencadeiam guerras devastadoras, que causam
mais dano do que todos os terremotos e vulcões provocados pelas leis da
Natureza. Ao contemplarmos os quadros de miséria que a guerra produziu,
chegamos à conclusão de que os povos não terão mais fé nas igrejas, que, após
séculos de domínio moral e religioso sobre a Humanidade, não foram capazes de
impedir as guerras que têm ensanguentado os campos da Europa. Voltam-se então
eles para o Espiritismo, em busca do conforto moral e espiritual que nas suas
religiões não encontram. Não se conformam de modo algum com a maneira dolorosa,
bárbara e selvagem, pela qual perderam os seus entes queridos.
O Espiritismo científico,
filosófico e religioso, lhes diz que seus pais, seus irmãos e amigos não
morreram; vivem eternamente, podendo com eles comunicarem-se, mantendo, no mesmo
grau de elevação espiritual, o amor que os ligou na Terra. Aos espíritas do
Brasil, como vanguardeiros da Boa-Nova que há de trazer a paz ao mundo, é-lhes
confiada uma das mais grandiosas missões qual seja a de cuidar com afeto e
carinho das milhares de figueiras, que são os centros espíritas espalhados por
todo o País.
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E assim a ideia vai caminhando c
vencendo os obstáculos da rotina.
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