A lâmpada
Casimiro Cunha por Chico Xavier
Reformador (FEB)
Março 1943
Em casa, a lâmpada
acesa
Singela e desapercebida,
É uma lição
permanente
Das mais nobres que
há na vida.
Contra a noite
escura e espessa
Que se espalha e
reproduz,
Envolve-se de
energia,
Resplandece, acende
a luz.
Seu trabalho é
grande e simples,
Difundindo o sol do
bem.
Não discute. Não
pergunta.
Dá sempre, não olha
a quem.
Ilumina o gabinete
De pesquisa ou de
leitura,
Como aclara a
agulha humilde
Da máquina de
costura.
Envolve com a mesma
luz
A velhice, a
enfermidade,
A infância,
alegria, a dor
E os sonhos da
mocidade.
Há tumultos, há
prazeres?
Amarguras, agonia?
Se não sofre violência
Eis que a lâmpada irradia.
Serena, silenciosa,
Não se aflige, não
consulta.
Nada pede além da
força
Que lhe vem da
usina oculta.
Revela todo detalhe
Sem contendas, sem
perigo.
A sua demonstração
É o foco que traz
consigo.
Não exige condições
Por servir e
iluminar
E define sem ruído
Cada coisa em seu
lugar.
Pensemos em nossa
glória
Quando formos,
irmãos meus,
Como lâmpadas do
Cristo
Na usina do amor de
Deus.
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