Kardec, Emmanuel e André Luiz
J.
Martins Peralva
Reformador (FEB) Agosto 1970
801 -
Porque não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje?
R. -
Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido
um
alimento que ele não possa digerir.
(“O Livro dos Espíritos").
Não
tivesse Allan Kardec, o insigne missionário da Codificação Espírita, afirmado
que “do
Espiritismo foi dita a primeira palavra e jamais será dita a última”, não
sabemos, na verdade, que rumos de ortodoxia, sectarismo e
intolerância teria tomado o abençoado movimento que se desenvolve, promissoramente,
em plena conformidade com o lema clássico: Trabalho, Solidariedade e
Tolerância.
Prevaleceu,
no entanto, nessa como em outras afirmações o bom-senso do Codificador. E
prevaleceu, de maneira indelével. Outros movimentos, filosóficos e religiosos,
tem estacionado, ou desaparecido, no tempo e no espaço, dada a propensão humana
para estratificar ideias e conhecimentos.
A
frase kardequiana, contudo, alargou os horizontes do Espiritismo, tornando-o
Doutrina elástica, em condições de acompanhar, com vantagens e altaneiramente,
o progresso humano, em vários ramos do conhecimento e da moral. O corpo de
doutrina que a sabedoria do mestre sistematizou, dando-lhe base científica,
transcorridos já cento e treze anos da publicação da obra fundamental - “O
Livro dos Espíritos” -, continua sendo aquela fonte maravilhosa, por meio da
qual se efetiva o progresso da sua expansibilidade.
A
estrutura da Doutrina dos Espíritos, tão atualizada, em nossos dias, quanto no
terceiro quartel do século XIX, recebe, contemporaneamente, através do trabalho
de Emmanuel, André Luiz e outros queridos Instrutores, subsídios que a
enriquecem, sobremaneira, dando-lhe força incomum e beleza rara.
Nos
livros que as mãos missionárias de Francisco Cândido Xavier psicografam,
diuturnamente, jamais se encontraram informações duvidosas ou controvérsias em
relação ao pensamento de Allan Kardec. Tudo, neles, funciona à maneira de
opulento garimpo de luz a redescobrir, a revelar a grandeza da obra
kardequiana.
Kardec,
Emmanuel, André Luiz! Unem-se os missionários de Nosso Senhor Jesus-Cristo para
a vitalização, cada vez maior, de uma doutrina que não esmaece no tempo,
mantendo, isto sim, em seu interior e na sua fisionomia, aquela tonalidade,
aquela rutilância e aquele calor indicadores de saúde plena...
A
Doutrina que o gênio de Allan Kardec ajudou a edificar, na condição de vaso
escolhido, encarnado, simboliza veio inexaurível, de onde os Benfeitores de
Mais Alto extraem luminosas expressões de sublimidade, em complementação
indefinível, que nos enternecem o Espírito e reconfortam o coração.
E
não podia ser diferente, porque o que têm dito os Espíritos, hoje, não podia
ser falado ontem, quando o que foi ensinado no século passado não prescindiria
do esclarecimento da atualidade.
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