Missão do Espiritismo - parte 1
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Outubro 1970
- A crença no Espiritismo ajuda o
homem a se melhorar,
firmando-lhe
as ideias sobre certos pontos do futuro. Allan
Kardec
Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas
por Allan Kardec,
sob a
chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno. Emmanuel
Difícil
encontrar doutrina de tamanho equilíbrio, haja vista seu tríplice aspecto de
Ciência, Filosofia e Religião. Harmonia completa com o bom-senso, a lógica, o
sentimento e a fé.
Revivendo
os ensinos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, cuja pureza vem restaurando em exegese racional, terá sempre a Doutrina Espírita
meios de situar-nos, adequadamente, no âmbito social.
Identifica-nos
com as mais variegadas atividades humanas, desde que elevadas
nobilitantes.
Corolário
da ética do Cristianismo induz-nos ao respeito e acatamento às leis que regem a vida, na indefectível bilateralidade dos
imperativos físico-morais.
O
Espírita será, assim, invariavelmente, um amante da ordem.
Um
impulsionador do progresso.
Um
respeitador da autoridade constituída.
Bom
cidadão.
Cumpridor,
consciente, dos deveres cívicos.
Uma
peça afinada no mecanismo da sociedade, da qual se torna eficiente servidor.
Procurando
amar a Deus sobre todas as coisas, o Espírita será encontrado, a qualquer
tempo, na posição de efetivo e sincero colaborador do progresso e da
felicidade.
Recordando
o diálogo de Jesus com fariseus que O procuravam confundir os Espíritos
Superiores, da Codificação aos nossos dias, de Kardec a Emmanuel e outros
induzem-nos ao cumprimento de todos os deveres, nos vários setores componentes
da Vida, esclarecendo que tais deveres se estendem à família, à sociedade, à
autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.
Por
isso que os Espíritas, sem qualquer embaraço ou prejuízo à sua diligência e
senso progressista, são, via de regra, criaturas operantes, mas cordatas.
Humildes,
mas dignas.
Modestas,
mas realizadoras.
Esclarecidas,
mas não enfatuadas.
Religiosas,
mas não fanatizadas nem dogmatizadas .
Desprendidas,
mas não perdulárias.
Quando
fortes, procuram amparar.
Quando
ajudam, o fazem sem humilhar.
Quando
servem, tem o cuidado de passar.
Quando
difundem a verdade, não o fazem com afetação.
A
fabulosa obra assistencial que se espalha por todo o Brasil, a atestar-lhes o
dinamismo silencioso, confirma a atualidade de "O Evangelho segundo o
Espiritismo",
que, em todas as suas lições, induz ao trabalho
que enobrece.
O
que se faz, hoje, no campo assistencial, simboliza a compreensão de que não basta esclarecer, nem confortar espiritualmente.
Que é, igualmente, imperioso, dar o pão, o vestuário, o medicamento.
Ajudando
materialmente e impulsionando, ao mesmo tempo, o serviço de expansão evangélico-doutrinária, o preceito "a César
o que é de César e a Deus o que é de Deus" estará sendo aplicado através
da ação dos Espíritos, atualizando, assim, os ensinos grafados por Allan Kardec
e pelas entidades de Mais Alto.
A
mediunidade edificante, em nossos dias, revigora as palavras dos Instrutores
de Escol que se fizeram presentes no trabalho de
evangelização efetuado pelo Codificador, levando os companheiros do Espiritismo
ao esforço da difusão doutrinária na tribuna e nos livros, na televisão e
noutros veículos publicitários, simultaneamente com o labor de centenas e
centenas de instituições que dão abrigo e educação, fraternidade e amparo aos
desvalidos do caminho.
Nos
Templos de Fé, o ensino nobre no dar a Deus o que é de Deus."
Lá
fora, na sociedade, o impulso ao progresso e o respeito às instituições
humanas, no "dar a César o que é de César".
Missão do Espiritismo - parte 2
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Novembro 1970
- O
Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação;
afasta-o
dos atos que possam retardar lhe a felicidade, mas ninguém diz que,
sem
ele, não possa ela ser conseguida. Allan
Kardec
O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é
claro como o Sol.
Não nos
percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se
permite a expectação da miopia mental. Emmanuel
A
missão de Jesus, O Cristo Consolador, é a consubstanciação da mensagem de eterno amor que se insculpiu, em todos os tempos, na consciência dos povos mais
antigos, através dos Enviados de Sua Misericórdia, presente em todos os surtos
evolutivos por Ele supervisionados, como "Pão da Vida" e "Luz do
Mundo", mensagem que mais tarde, no terceiro quartel do século XIX,
restaura-se, estuante de vida, nas páginas de "O Evangelho segundo o
Espiritismo" .
A
missão do Espiritismo, em nossos dias, alimentada pela Voz dos Espíritos que orientam e inspiram, amparam e iluminam os
missionários da mediunidade, em cuja vanguarda identificamos a nobre personalidade de
Emmanuel, consiste em explicar, em Espírito e Verdade, o pensamento de Jesus.
Se
o que por Jesus foi dito, os homens esqueceram, no curso dos séculos; se as
Suas palavras foram distorcidas ou sepultadas no
sarcófago do obscurantismo, "O Evangelho segundo o Espiritismo" a tudo reviveu, em
glorioso trabalho de interpretação e vivência que se perpetuam na atualidade,
para felicidade de todos nós, no fabuloso acervo de instruções que a
Espiritualidade Superior faz jorrar em intérminas catadupas de luz e sabedoria,
assegurando, desta maneira à maravilhosa obra kardequiana, reconfortante e
indestrutível perenidade, no Tempo e no Espaço.
Os
Espíritas, em nome do Senhor e por inspiração de "O Evangelho segundo o
Espiritismo", continuam consolando os
deserdados. Encorajando os fracos. Reanimando os desesperançados Convertendo e
redimindo almas impiedosas.
Argamassando
o edifício da renovação humana.
Graças
à profunda beleza de sua filosofia, o Espiritismo supre a alma humana de tudo quanto ela precisa para sustentar-se, nos
labores evolutivos, esclarecendo e consolando, porque, sem o conhecimento das
motivações do sofrimento, com suas origens, via de regra no passado; sem o entendimento pelo
raciocínio, da destinação da Terra -TERRA-ESCOLA, TERRA-TEMPLO, TERRA-OFICINA; sem a
compreensão dos altos objetivos do sofrimento regenerador, por crise salutar ao
Espírito Eterno, eis que conducente à felicidade, com o resgate depurador;
enfim, sem essas noções filosóficas, profundas e ao mesmo tempo acessíveis, a
consolação seria de superfície, sem nenhuma dúvida piedosa, mas, na verdade,
inconsistente, como o esclarecimento teria a vacuidade das coisas transitórias.
Hoje,
como ontem, pelo desdobramento possibilitado pela obra realmente evangelizadora
de Emmanuel e seus iluminados companheiros do Mundo Invisível, vai o homem,
quando sofre, compreendendo a função renovadora da dor.
Que
o resgate é justo, como reflexo de ações pretéritas.
Que
gloriosas foram as portas abertas pelo conhecimento espírita, conhecimento que abrange o passado, opera no presente e descortina
as paisagens do futuro.
O
Espiritismo oferece ao espírito humano os horizontes do porvir, concitando-o, sobretudo, a inabalável fé na Providência Divina,
na Presença de Deus em nossa caminhada, desde o primeiro instante, em recuados
milênios de milênios, dando-nos, outrossim, aquela certeza de que os
sofrimentos do mundo, criados exclusivamente pela invigilância humana, em todos os tempos, nada
representam, apesar de suas características dolorosas e incômodas, ante os
esplêndidos panoramas que vislumbraremos na vitória do Amanhã.
Renovando
as palavras de "O Evangelho segundo o Espiritismo", a literatura
mediúnica de nossos dias revigora os conceitos de amor e fraternidade, de
cultura e sentimento, que o Cristo estabeleceu e que Kardec complementou, com o
concurso e supervisão dos Espíritos.
O
Cristo da Galileia plantou, no solo da Palestina, a semente de luz, simbolizada em o Novo Testamento, revivendo-a Kardec, na
França, em "O Evangelho segundo o Espiritismo."
O
Novo Testamento e "O Evangelho segundo o Espiritismo" refulgem,
gloriosos, em nossos dias, na opulenta literatura mediúnica
que se iniciou em Pedro Leopoldo, em 8 de Junho de 1927, e tem prosseguimento,
em requintes de fidelidade doutrinário-evangélica, nas missionárias mãos de
Francisco Cândido Xavier.
O
Evangelho é livro perene. Jamais perderá sua atualidade.
Seu
conteúdo moral resume o próprio pensamento de Jesus. Opulenta-se, hoje, nas
milhares de mensagens que nos falam de Sabedoria e Amor, Cultura e Sentimento.
O
“livro-coração” dá-nos, de permeio, com o reconforto nas horas menos
tranquilas, o conhecimento das coisas. A explicação sensata e lógica, de onde
viemos e para onde iremos. Do que somos. É nos incentivo para que empreguemos o
máximo esforço na construção do bem, no cenário bem controvertido da Terra, com
diversidades aparentemente inexplicáveis.
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