20,29 Ao sair de Jericó, uma grande multidão o
seguiu. 20,30 Dois cegos, sentados à beira do caminho, ouvindo dizer que Jesus
passava, começaram a
gritar: -Senhor,
filho de Davi,, tem piedade de nós! 20,31 A
multidão, porém, os repreendia para que se calassem, mas eles gritavam ainda
mais forte: -Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós! 20,32 Jesus parou,
chamou-os e perguntou-lhes: “ -Que queres que Eu faça?” 20,33 -Senhor, que nossos olhos se abram! 20,34
Jesus, cheio de compaixão, tocou-lhes os olhos. Instantaneamente,
recobraram a visão
e puseram-se a servi-lo.
Para
Mt (20,32) -Que queres que Eu faça.-, encontramos
a palavra de Emmanuel por Chico
Xavier em “Fonte Viva”:
“Cada aprendiz em sua lição.
Cada trabalhador na tarefa que lhe
foi cometida.
Cada vaso em sua utilidade.
Cada lutador com a prova necessária.
Assim, cada um de nós tem o
testemunho individual no caminho da vida.
Por vezes, falhamos aos compromissos
assumidos e nos endividamos infinitamente. No serviço reparador, todavia,
clamamos pela misericórdia do Senhor, rogando-lhe compaixão e socorro.
A pergunta endereçada pelo Mestre ao
cego de Jericó é, porém, bastante expressiva.
“Que queres que Eu faça?”
A indagação deixa perceber que a
posição melindrosa do interessado se ajustava aos imperativos da Lei.
Nada ocorre à revelia dos Divinos
Desígnios.
Bartimeu, o cego, soube responder,
solicitando visão. Entretanto, quanta gente roga acesso à presença do Salvador
e, quando por ele interpelada, responde em prejuízo próprio?
Lembremo-nos de que, por vezes,
perdemos a casa terrestre a fim de aprendermos o caminho da casa celeste; em
muitas ocasiões, somos abandonados pelos mais agradáveis laços humanos, de
maneira a retornarmos aos vínculos
divinos; há épocas em que as feridas do corpo são chamadas a curar as chagas da
alma, e situações em que a paralisia ensina a preciosidade do movimento.
É
natural peçamos o auxílio do Mestre em nossas dificuldades e dissabores;
entrementes, não nos esqueçamos de trabalhar pelo bem, nas mais aflitivas
passagens da retificação e da ascensão, convictos de que nos encontramos
invariavelmente na mais justa e proveitosa oportunidade de trabalho que
merecemos, e que talvez não saibamos, de pronto, escolher outra melhor.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário