terça-feira, 15 de março de 2016

Bartimeu e o outro cego de Jericó

            

         20,29 Ao sair de Jericó, uma grande multidão o seguiu.   20,30 Dois cegos, sentados à beira do caminho, ouvindo dizer que   Jesus   passava,  começaram   a   gritar:  -Senhor, filho de Davi,, tem piedade de nós! 20,31 A multidão, porém, os repreendia para que se calassem, mas eles gritavam ainda mais forte: -Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós! 20,32 Jesus parou, chamou-os e perguntou-lhes: “ -Que queres que Eu faça?” 20,33  -Senhor, que nossos olhos se abram! 20,34 Jesus, cheio de compaixão, tocou-lhes os olhos. Instantaneamente, recobraram  a  visão  e puseram-se a servi-lo.          
     
           Para Mt (20,32) -Que queres que Eu faça.-,  encontramos  a  palavra de Emmanuel por Chico Xavier em “Fonte Viva”:
           
            “Cada aprendiz em sua lição.
            Cada trabalhador na tarefa que lhe foi cometida.
            Cada vaso em sua utilidade.
            Cada lutador com a prova necessária.
            Assim, cada um de nós tem o testemunho individual no caminho da vida.
            Por vezes, falhamos aos compromissos assumidos e nos endividamos infinitamente. No serviço reparador, todavia, clamamos pela misericórdia do Senhor, rogando-lhe compaixão e socorro.
            A pergunta endereçada pelo Mestre ao cego de Jericó é, porém, bastante expressiva.

            “Que queres que Eu faça?

            A indagação deixa perceber que a posição melindrosa do interessado se ajustava aos imperativos da Lei.
            Nada ocorre à revelia dos Divinos Desígnios.
            Bartimeu, o cego, soube responder, solicitando visão. Entretanto, quanta gente roga acesso à presença do Salvador e, quando por ele interpelada, responde em prejuízo próprio?
            Lembremo-nos de que, por vezes, perdemos a casa terrestre a fim de aprendermos o caminho da casa celeste; em muitas ocasiões, somos abandonados pelos mais agradáveis laços humanos, de maneira  a retornarmos aos vínculos divinos; há épocas em que as feridas do corpo são chamadas a curar as chagas da alma, e situações em que a paralisia ensina a preciosidade do movimento.


            É natural peçamos o auxílio do Mestre em nossas dificuldades e dissabores; entrementes, não nos esqueçamos de trabalhar pelo bem, nas mais aflitivas passagens da retificação e da ascensão, convictos de que nos encontramos invariavelmente na mais justa e proveitosa oportunidade de trabalho que merecemos, e que talvez não saibamos, de pronto, escolher outra melhor.”

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