Posta Restante - 9a
por Sólon Rodrigues
Reformador (FEB) Julho 1972
P.
- Por que há tão poucos médiuns psicógrafos, no Brasil, em contraposição à
abundância de médiuns psicofônicos ou de incorporação?
R.
- Embora a excelência indiscutível da psicografia para estudos de questões
pertinentes à Espiritualidade, o fenômeno mediúnico
nas reuniões espíritas objetiva a
reeducação afetiva da criatura.
Para
a educação, o quadro vivo é mais indutivo.
Um
problema, uma questão, uma narrativa em torno de lutas e realizações,
quando expostos à viva voz pelos seus
protagonistas, impulsionados pelo colorido emotivo do expositor, penetram mais
profundamente na alma dos que ouvem.
A
psicofonia surge, assim, no Brasil, por precioso fator na formação do caráter.
A
reforma íntima é mais dinâmica.
Poderemos
permanecer intocáveis nas fibras interiores, frios até, diante de uma página escrita, enquanto não desabrochar em nós
mesmos a sensibilidade. Mas, conseguiremos interiorizar noções amplas, quando
elas nos toquem os sentimentos.
Estamos,
pois, diante de um processo educativo.
A
psicofonia incorporação multiplica-se, dessa forma, como um socorro divino, sem
que estejamos dispensados de consultar, estudar, ler e reler as obras
psicografadas que nos trazem experiências mais amplas e que nos fazem dar um passo
além de nossas limitações espirituais.
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