No altar do infinito, ergue-se o quadro
estupendo, eloquente, vívido, que mostra à Humanidade o convertido de Damasco!
Saulo transitava pelo mundo, condecorando-se
com os títulos que a Terra lhe ofertava, amparado pelo orgulho paterno,
crescendo no conceito de sua época.
Todavia, bastou-lhe apenas um segundo, na
estrada de Damasco, para, numa explosão de luz, erguer-se na consciência de sua
obrigação maior, face às necessidades do Cristianismo nascente.
Após entrevista com o Mestre e Senhor, na cintilação
da luz, transformar-se-ia no grande Apóstolo Paulo, levando aos povos a palavra
estudada, inspirada, daquele a quem perseguira inexoravelmente!
Ofertou à Humanidade mais do que vibrantes palavras
de estudo e roteiro para a viagem terrestre. Iluminou-se com os clarões da
eterna Verdade, através do estudo metódica e amorosamente feito; e, convicto do
grande ideal de Jesus, filia-se ao
Cristianismo, expondo-se ao provável martírio.
Cristianismo, expondo-se ao provável martírio.
Entretanto, examinando-o, no perpassar dos séculos,
reflitamos na responsabilidade que assumimos ao encontrar, centenas de vezes, o
Mestre amado nas trilhas de nossos desvarios, nas repetidas promessas de
regeneração e nas quedas sucessivas ao longo do tempo.
Diante do esplendor com que o Espiritismo
se revela ao mundo, na feição de Cristianismo redivivo, de Consolador prometido
- mensagem do Pai misericordioso que não esquece os filhos, atados, por vontade
própria, às pesadas cadeias da escravidão -, coloquemo-nos, em definitivo, na
posição de candidatos ao serviço redentor, olvidando caprichos e orgulhos,
erros e presunções, preconceitos e dúvidas, e avancemos realizando no silêncio
dos nossos corações o estudo sublime, base sólida da nossa libertação.
Ergamos a nossa tenda de trabalho junto aos
áridos desertos em que humanos corações transitam como caravaneiros, na busca
das ilusões que os perderão fatalmente.
Levantemos a voz na manifestação das excelsas
verdades, votando-nos às tarefas grandiosas da transformação do planeta.
A Seara continua sempre mais necessitada de
nossa cooperação, e Jesus, o Mestre e Senhor, em nossa estrada de Damasco,
ainda nos indaga, como ontem:
- Por que me persegues?
- Por que duvidas?
- Por que não vens?
Conduzamo-nos como discípulos ciosos de nossas
obrigações, plenos da fé cristã, da esperança radiosa na Verdade inconteste, e
sigamos para 'diante, obedientes à Vontade de nosso Mestre e Senhor...
Que Ele nos abençoe.
O Convertido de Damasco
Bezerra de Menezes
por Mª Cecília Paiva
Reformador (FEB) Agosto 1976
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