Quando a amargura visitar-te a casa,
Em fel de provação,
Não te esqueças do pranto que extravasa
Do lar de teu irmão.
Na angústia mais sombria, mais extrema,
Não desdenhes calar...
Muita boca infeliz grita e blasfema
Quando julga rezar.
Acharás menos sombra no caminho
Quando encheres de amor
O escuro sofrimento do vizinho
Mergulhado na dor.
Pensa na retaguarda de infelizes
Que te seguem sem pão,
Cheios de fome, sede e cicatrizes,
Desencanto e aflição.
Serve e passa esquecendo o mal e atreva
Porque o dom de servir
É a força luminosa que te eleva
Às bênçãos do porvir...
Não olvides que o Mestre da verdade,
Para fazer mais luz,
Fez-se o Divino Rei da Humanidade
Pelo escárnio da cruz...
Carmen Cinira
por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Março 1950
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