Imagina-te
à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência,
atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.
Se o tomas de arranco, é possível te
caia das mãos, desafinando-se, quando não seja
perdendo alguma peça.
Se esquecido em algum recanto, é provável
se transforme em ninho de insetos que lhe
dilapidarão a estrutura.
Se usado, à feição de martelo, fora
da função a que se destina, talvez se despedace.
Entretanto, guardado em lugar
próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro,
ei-lo que te responde com a sublimidade da música.
Assim, igualmente na vida, é o companheiro
de quem esperas apoio e colaboração.
Chame-se familiar ou companheiro,
chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas
o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação,
magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
Se largado ao menosprezo, é provável
se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a
alma.
Se empregado por veículo de intriga
ou maledicência, fora das funções edificantes a
que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
Mas, se conservado com respeito, no culto
da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações
do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade
da colaboração segura, em bases de amor
que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
Pensemos nisso e concluiremos que é impossível
encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.
O
Cooperador
Emmanuel
por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Julho 1970
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