Enquanto
encarnados no Planeta Terrestre, um tipo de sobrevivência nos interessa,
sobremaneira, além daquele para o qual se nos dirigem os pensamentos para lá da
morte física:- a sobrevivência, depois de rudes golpes sofridos.
Particularmente, no mundo moral,
semelhantes provas repontam com frequência. É
o prejuízo inesperado, a confiança escarnecida, a perseguição com que se não
contava, a
incompreensão de pessoas queridas.
Noutros lances da existência, é a ruptura
de laços afetivos, a transformação violenta que os desastres impõem, o
obstáculo imprevisto, os pensamentos da solidão.
Em todos esses episódios amargos,
lembrando trechos incendiados do caminho, a criatura é habitualmente induzida a
processos de angústia, dos quais se retira, quase sempre, em perigoso desgaste.
Urge reconhecer que a serenidade
deve partilhar-nos a viagem terrena, a fim de que a aflição não se nos faça
exaustor de energias.
Abstenhamo-nos da tensão emocional,
como quem se previne contra a incursão de moléstia grave; os agentes
imunológicos, nesse sentido, são sempre o amor que desterra o ódio, a paciência
que exclui a irritação, a humildade que afasta a inveja e a prestação de
serviço que anula a desconfiança.
Aprendamos a observar que o
desequilíbrio é precursor provável de doença que, não raro, termina com a
desencarnação prematura, e procuremos certificar-nos de que, nas lutas com que
somos testados, na Terra e fora da Terra, na escola da experiência, é
necessário saibamos não somente viver e aperfeiçoar, mas também suportar e
sobreviver.
Sobrevivência
Emmanuel
por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Junho 1970
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