A palavra morrera
na garganta.
Alguém me estende o
suco de uma pera.
Busco em vão engolir...
Anoitecera...
E cresce a angústia
imensa que me espanta.
Horas passam... A
dor se me agiganta.
Não mais posso
agitar as mãos de cera.
Recordo, em pranto,
o tempo que perdera,
Arrimando-me à fé
serena e santa.
Mas surge doce
estrela refulgindo,
E vejo o nosso
Eurípedes sorrindo...
Surpresa enorme o
coração me invade
Descansa agora o
corpo em paz segura
E, chorando de dor
e de ventura,
Vi-me, de novo, em
plena liberdade...
Transição
Cornélio Pires
por Chico Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário