Durante
o sono do corpo
Editorial
Reformador (FEB) Maio 1956
Numa
bela preleção que ocupa as páginas 188 a 190 de Instruções Psicofônicas,
temos que estudar um dever novo para nossa consciência normal. O autor é Calderaro, um instrutor espiritual com
quem já travamos conhecimento no livro de André
Luiz, “No Mundo Maior”.
Se depois da "morte" nos
esperam novas tarefas a realizar, igualmente depois do dia,
quando
nosso corpo provisoriamente "morre" pelo sono normal, temos deveres a cumprir no
mundo espiritual, mas raras vezes cumprimos tais deveres, porque o nosso dia
nos acarretou desarmonias, perturbações, e o tempo do sono é empregado somente
"em esforço compulsório de reajuste".
Calderaro
nos dirige um apelo, para melhorarmos nossa conduta, a fim de podermos cumprir
nossos deveres como espíritos interinamente desencarnados:
“Convidamos,
assim, a vocês, tanto quanto a outros amigos a quem nossas palavras possam
chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia retamente
aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro das
nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de
nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.
Muitas atividades podem ser desdobradas
com a colaboração ativa de quantos ainda se prendem ao instrumento carnal,
principalmente na obra de socorro aos enfermos que enxameiam por toda aparte.
Vocês não desconhecem que quase todas
as moléstias rotineiras são doenças da ideia, centralizadas em coagulações de
impulsos mentais, e somente ideias renovadoras representam remédio decisivo.
Por ocasião do sono, é possível a
ministração de amparo direto e indireto às vítimas dos labirintos de culpa e
das obsessões deploráveis, por intermédio da transfusão de fluidos e de raios
magnéticos, de emanações vitais e de sugestões salvadoras que, na maior parte
dos casos somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar
a outros encarnados."
Esta mensagem toda merece muito
meditada para ser posta em prática. Há grandes deveres
a cumprir durante o sono do corpo e nós perturbamos o Plano Divino de ação em
benefício dos sofredores e de nós mesmos, porque nos desarmonizamos com a Lei
durante o dia; em nossa vida agitada e exaustiva, de modo que passamos essas
horas preciosas do sono somente consertando as ruínas que fizemos durante o
dia.
Como é grande a nossa ignorância!
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