O Corpo de Jesus
Ramiro Gama
Reformador (FEB) Fevereiro 1971
Há certos assuntos a que chamamos chaves, subestimados entretanto por
alguns confrades, que neles veem assuntos-problemas
e que não devem ser dilucidados.
E que, geralmente, leem e absorvem esses
assuntos, no dizer do venerando Doutor Bezerra de Menezes, com espírito de sistema, isto é, de olhos
fechados às verdades neles expostas e opulentadas.
Referimo-nos ao corpo de Jesus, que
aceitamos como sendo fluídico, logo assim penetramos
o Espiritismo; e isto espontaneamente, sem haver lido, até aí, nada a
respeito.
Acontece que fomos eleito Presidente
do Grupo Espírita Fé e Esperança, de Três Rios,
no Estado do Rio, no ano de 1932, quando residíamos naquela cidade fluminense.
E começamos a conviver, intimamente,
com os companheiros de Diretoria do Grupo, muitos dos quais nos procuraram experimentar
os conhecimentos com relação ao Espiritismo
e saber se estávamos mesmo à altura do cargo.
Um deles, o 1.° Secretário, José
Magno da Silva, professor de Matemática, era o mais
versado nos assuntos da Terceira Revelação. De uma feita, assistimos à palestra sua
sobre a Virgindade de Maria Santíssima e achamos que dissertou com acerto e mestria
sobre o delicado tema.
E foi ele, justamente, o escalado
para nos arguir.
Logo de início, perguntou-nos:
- Que acha o confrade do Corpo Fluídico do Cristo?
Ficamos alguns instantes surpreso,
pois não esperávamos tal pergunta. E, talvez, por intuição
ou inspiração caridosa do Alto, respondemos assim.:
Somos a favor. Sem que tenhamos lido
ainda algo a respeito, acreditamos no corpo fluido de Jesus. Achamos que Ele
não tivera um corpo igual ao nosso. Foi, em verdade, pura e claramente, um
agênere.
E concluímos:
- Entretanto, lendo os Evangelhos, recordamos
uma afirmativa de Jesus, que
tudo
nos fala de seu corpo: "dos nascidos
de mulher, João Batista é o maior". Para
nós
isso é o bastante. Não precisamos de nenhuma outra documentação para vitoriar o
asserto do Divino Mestre.
O querido confrade, hoje na
Espiritualidade, deu-se por satisfeito: Também para ele
isso bastava.
Recebemos, depois, de Manoel Quintão, seu precioso "O Cristo de Deus", em que ele
esgota o assunto, com citações autorizadas, calcadas todas na lógica e na
razão, transcrevendo
e apreciando várias passagens evangélicas e vitoriando, assim, o magno
problema. Depois fomos obsequiados com "Jesus nem Deus, nem Homem", de Guillon Ribeiro, que
também focou e ressaltou a verdade toda inteira do corpo de Jesus, sempre com
aquela superioridade de espírito e inspiração costumeira de seus valiosos
Guias, dando-nos
exemplos vários com relação à incorporeidade do Amigo Celeste e à luz da terceira
explosão da bondade de Deus, que é o Espiritismo.
Lemos ainda "Elos Doutrinários", de Ismael Gomes Braga, "A Vida de Jesus",
de
Antônio Lima, os livros eruditos de Leopoldo Cirne, Sayão e outros queridos seareiros, habituados todos a ler e
compreender o Espiritismo Consolador sem o espírito de sistema
e com olhos de ver, coração de pensar e inteligência de amar. Portadores que eram
e são do AMOR que SABE e do SABER que AMA.
E começamos, desde daí, a ver em Jesus
um Ser à parte, um Espírito imaculado, tão grande e tão lindo, que jamais seremos
capaz, nesta vida, de Lhe traduzir o valor, a culminância espiritual, tão longe
nos consideramos dEle e tão endividados, ainda, diante dEle...
E, por não considerarmos de pouca valia
o seu corpo, mas chave para traduzir,
embora
palidamente, a Sua gênese, é que O vemos com respeito e coração ajoelhado. Quando,
durante o Culto no Lar feito por nós há 42 anos, abrimos Seu Livro, o Livro da
nossa redenção, "O Evangelho
segundo o Espiritismo", buscamos nEle e com Ele o clima
da Luz Acima, da defesa espiritual, da legítima vitória, no exemplo da humildade,
a prol da nossa tarefa de trabalhadores da última hora!
Do Blog: 5 são as recomendações de
leitura em um só texto.
Vamos começar por qual
dos livros?
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