quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Discernimento



Discernimento
Editorial
‘Brasil Espírita’ Ano XXII Fev 1971
Suplemento do “Reformador” Fev 1971



            O jovem espírita se encontra, mais vezes que outrem, embaraçado diante de situações que lhe propõem a tomada de atitudes decididas e criteriosas.
           
            Fevereiro oferece uma dessas eventualidades, em face dos folguedos carnavalescos. Muito jovem espírita, dado o seu meio e a sua época, há de perguntar-se se, afinal, pode brincar no carnaval, ir ao baile, do seu clube ou fantasiar-se.

            Ora; este é um daqueles momentos em que o espírita mostrará a si mesmo como vai aprendendo os ensinamentos bebidos na fonte primorosa do Evangelho. Relembrará que, de acordo com a Doutrina, não está proibido de nada, Se Deus lhe outorgou o livre arbítrio, toda escolha lhe cabe. Claro que, para bem decidir, é preciso conhecer e discernir; mas, isso também são faculdades que Deus lhe concedeu.

            O Espiritismo é uma doutrina de responsabilidade, uma vez que passamos a
saber que nenhum de nós nasceu para ser teleguiado. O problema essencial, pois, é
ajuizar, decidir. Logo, a questão é escolher o melhor, é optar pelo que convém; ou, pelo que mais convém, isto é, pelo que se deve fazer.

            Com o Espiritismo, aprendemos que, em princípio, podemos fazer tudo. Felizmente, aprendemos também que; para nosso bem, nem tudo deve ser feito. O jovem espírita, portanto, pode" fazer tudo o que bem entenda; mas há de saber também evitar tudo o que não lhe convém. Assim; estará se felicitando com a assimilação daquela preciosa sentença de Paulo: “Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém.”


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