terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A retribuição aos que creem


                A Retribuição aos que Creem                

19,27 Pedro, disse-lhe: -E nós que deixamos tudo e Te seguimos, que receberemos?
19,28  Respondeu Jesus: “ Em verdade vos declaro: No mundo novo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para  julgar  as  doze  tribos de Israel.
 19,29  E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, filhos ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.”

            Para Mt (19,27) -Que receberemos? - busquemos “Fonte Viva” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “A pergunta do apóstolo exprime a atitude de muitos corações nos templos religiosos.

            Consagra-se o homem a determinado círculo de fé e clama, de imediato: “Que receberei?”

            A resposta, porém, se derrama silenciosa, através da própria vida.

            Que recebe o grão maduro, após a colheita? O triturador que o ajuda a purificar-se.

            Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre? O fermento que a transforma para a utilidade geral.

            Que privilégio caracteriza o pão, depois do forno? A graça de servir.

            Não se formam cristãos para adornos vivos do mundo e sim para a ação regeneradora e santificante da existência.

            Outrora, os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos e, com eles, se rodeavam de gratificações de natureza física, com as quais abreviaram a própria morte.

            Em Cristo, contudo, o quadro é diverso.

            Vencemos, em companhia dele, para nos fazermos irmãos de quantos nos partilham a experiência, guardando a obrigação de ampará-los e ser-lhes úteis.

            Simão Pedro, que desejou saber qual lhe seria a recompensa pela adesão à Boa Nova, viu, de perto, a necessidade da renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a fé, maiores testemunhos de amor à Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais conhecimento adquiriu, a mais ampla caridade foi constrangido, até o sacrifício extremo.

            Se deixaste, pois, por devoção a Jesus, os laços que te prendiam às zonas inferiores da vida, recorda que, por felicidade tua, recebeste do Céu a honra de ajudar, a prerrogativa de entender e a glória de servir.”

          Para Mt (19,29) -Renunciar-encontramos a palavra de Kardec, no Cap. XXIII de  “O Evangelho...”:

            “Sem discutir as palavras,*  é preciso aqui procurar o pensamento que era evidentemente este: “Os interesses da vida futura se sobrepõem a todos os interesses e todas as considerações humanas”, porque está de acordo com o fundo da doutrina de Jesus, ao passo que a ideia de renúncia à família seria sua negação.”

            *Veja  também  “Instruções  Aos Apóstolos” -  Mt 10,37.            

            Para  Mt (19,29) -Renunciar- temos, ainda, a palavra de Emmanuel, por Chico Xavier, em  “Caminho, Verdade e Vida”:
                       
            “Neste versículo do Evangelho de Mateus, o Mestre Divino nos induz ao dever de renunciar aos bens do mundo para alcançar a vida eterna. Há necessidade, proclama o Messias, de abandonar pai e mãe, mulher e irmãos do mundo. No entanto, é necessário esclarecer como renunciar.

            Jesus explica que o êxito pertencerá aos que assim procederem por amor ao seu nome.

            À primeira vista, o alvitre divino parece contra senso. Como olvidar os sagrados deveres da existência,  se o Cristo veio até nós para santificá-los? Os discípulos precipitados não souberam o sentido do texto, nos tempos mais antigos. Numerosos irmãos de ideal recolheram-se à sombra do claustro,  esquecendo obrigações superiores e inadiáveis.

            Fácil, porém, reconhecer como o Cristo renunciou.

            Aos companheiros que o abandonaram aparece glorioso, na ressurreição. Não obstante as hesitações dos amigos, divide com eles, no cenáculo, os júbilos eternos. Aos homens ingratos que o crucificaram oferece roteiro de salvação com o Evangelho e nunca se descuidou um minuto das criaturas. Observemos, portanto, o que representa renunciar por amor ao Cristo.

            É perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu. Se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, unindo-nos, ainda mais, a eles todos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus.

            Acaso, não encontras compreensão no lar? Os amigos e irmãos são indiferentes e rudes? Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo. Somente desse modo renunciarás aos teus, fazendo-lhes todo o bem por dedicação ao Mestre, e, somente com semelhante renúncia, alcançarás a vida eterna.”

                                           

      Do Blog: São obras de Emmanuel que valem a pena ser mantidas junto ao 'Evangelho Segundo o Espiritismo', de Allan Kardec, para sua leitura e aprendizado diários.



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