"Apesar
de tudo, não devemos odiar os homens, nem a vida, embora aqueles, quando
enceguecidos pelo egoísmo, envileçam a natureza humana. São os egoístas que,
tangidos por ambições sem freios, denigrem seus semelhantes. São eles que,
roídos pelo mesmo sentimento de inveja que armou o braço fratricida de Caim,
ofendem a essência da Moral cristã, contida nos princípios evangélicos e na
Doutrina Espírita. A vaidade fá-los espezinhar e dilacerar sonhos alheios,
socalcando aspirações, em busca de uma felicidade que não poderão encontrar, porquanto ninguém alcança a felicidade com
a desventura de seus semelhantes. Os homens egoístas, duros, insensíveis,
lúbricos, perversos, são enfermos do espírito.
Cabe justamente aos espíritas a tarefa de não os colocar à margem de suas
atividades doutrinárias. Quanto mais afastados estiverem dos nossos princípios,
mais necessitados estarão da caridade pregada pelo Cristo de Deus, do qual os
espíritas conscientes são humílimos servos. A vida tem o seu lado claro e bom.
Quem está decididamente disposto a observar o caminho do bem, não sentirá todo
o peso da vida, porque
poderá compreendê-la melhor. Os homens maus ou indiferentes não merecem
desprezo, porque precisam de compaixão e amparo..."
José Brígido (Indalício Mendes)
Reformador (FEB) Março 1948
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