A
Cólera
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Fevereiro 1955
A
cólera é responsável por alta percentagem do obituário no mundo, como legítimo
fator de enfermidade e portadora eficiente da morte. Além disso, é também a
raiz de grande parte dos males e perturbações que solapam a segurança dos
trabalhos associativos na Terra.
Nos
lares invigilantes, é o gênio escuro da discórdia.
Nas
instituições respeitáveis, é o fermento da separação.
Nas
vias públicas, é a porta de acesso ao crime.
Nos
círculos da fé religiosa, é a brecha por onde se derramam os fluidos
destruidores das trevas.
Nos
gastrônomos, produz a hepatite.
Nos
fracos, estabelece o abatimento letal.
Nos
irritadiços, plasma os fenômenos epileptóides.
Nos
invejosos e nos despeitados, engendra a loucura por efetuar a ligação imediata
da alma com as entidades representativas de charcos espirituais deprimentes.
Nos
maus, desperta os monstros do homicídio.
Nos
corações desprevenidos; arroja as sementes envenenadas do vício.
Nos
inconformados, desequilibra as paredes celulares do edifício orgânico,
favorecendo a prosperidade do câncer.
Nos
rebeldes, espalha as sugestões do suicídio.
Nos
intemperantes mentais, provoca ingratas perturbações alérgicas e concretiza
moléstias filiadas a diagnose indefinível.
Em
toda parte, quando encontra guarida em algum coração menos consagrado à
humildade e à fé, transforma-se em mensageira de terríveis obsessões, que
somente a compaixão divina, apoiada na bondade humana, consegue reduzir ou
curar.
Recebamos
a experiência, por mais amargosa, com a luz da confiança no Senhor que, em nos
oferecendo a prova; nos possibilita a purificação.
A
passagem na Terra é aprendizado.
Revoltar-se
o homem, à frente da vida, é menosprezar o Mestre, aniquilar a oportunidade e
perder a lição.
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