Jesus na Judéia
19,1 Após estes discursos, Jesus deixou a Galileia
e veio para a Judéia, além do Jordão.
19,2 Uma grande
multidão o seguiu e Ele curou seus doentes.
Para Mt (19,1-2), -E Jesus curou os doentes... - não temos claro se, aqui,
a Boa Nova se referia aos doentes do corpo como também aos doentes da
alma. Assim, achamos apropriado inserir
a palavra de Allan Kardec em “ O
Livro dos Médiuns”, 1ª Parte - Noções preliminares, Cap. I, onde ele pergunta e
responde:
Há Espiritos ?
“A pergunta, no que concerne à existência dos Espíritos, tem como
causa primária a ignorância a cerca da verdadeira natureza deles. Geralmente
são figurados como seres à parte na criação e de cuja existência não está
demonstrada a necessidade. Muitas pessoas, mais ou menos como as que só
conhecem a História pelos romances, apenas os conhecem através dos contos
fantásticos com que foram acalentados em criança.
Sem indagarem se tais contos,
despojados dos acessórios ridículos, encerram algum fundo de verdade, essas
pessoas unicamente se impressionam com o lado absurdo que eles revelam. Sem se
darem ao trabalho de tirar a casca amarga, para achar a amêndoa, rejeitam o
todo, como fazem, relativamente à religião, os que, chocados por certos
absurdos, tudo englobam numa só condenação.
Seja qual for a idéia que dos
Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um
princípio inteligente fora da matéria. Essa crença é incompatível com a negação
absoluta deste princípio. Tomamos, conseguintemente, por ponto de partida, a existência, a sobrevivência e a individualidade
da alma; existência, sobrevivência e individualidade que têm no Espiritualismo
a sua demonstração teórica e dogmática e, no Espiritismo, a
demonstração positiva.”
Desde que se admite a existência da
alma e sua individualidade após a morte, forçoso é também se admita:
1º, que a sua natureza difere da do
corpo, visto que, separada deste, deixa de ter as propriedades peculiares ao
corpo;
2º, que goza da consciência de si
mesma, pois que é passível de alegria, ou de sofrimento, sem o que seria um ser
inerte, caso em que possuí-la de nada nos valeria. Admitido isso, tem-se que
admitir que essa alma vai para alguma parte. Que vem a ser feito dela e para onde vai?”
As respostas às perguntas de Kardec
vão ganhando conteúdo a medida que sigamos com o Evangelho de Jesus, num passo a
passo.
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