Auxílio a nós mesmos
Casimiro Cunha
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Fevereiro 1962
Pedes conforto aos achaques
Do sentimento enfermiço;
Contudo, o nosso remédio
É o coração no serviço.
Mostras largo desalento
Parado no olhar
mortiço...
Isso, porém, muitas
vezes,
É negação de serviço.
Carregas irritações
E espinhos de grande ouriço;
No entanto, a tranquilidade
Mora, calma, no serviço.
Afirmas que a fé morreu,
Que todo amor é postiço;
Entretanto, a fé e o
amor
Vibram, puros, no
serviço.
Declaras-te ignorante,
De espírito agastadiço,
Mas o estudo aberto a todos
É perfeição no serviço.
Dizes que nada consegues,
Que teu chão é
movediço...
Experimenta avançar,
De braço dado ao
serviço.
Conservas desilusões,
Nascidas daquilo ou disso;
No entanto, a tristeza inútil
É deserção do serviço.
Lamentas-te em solidão,
Amigos deram sumiço.
Mas ninguém caminha a
sós,
Na devoção do serviço.
Recorda as lições do mundo...
Quando a flor é luz e viço,
É que a planta não se esquece
De sustentar-se em serviço.
Se o carro estaca de
pronto,
Motor inerte no enguiço,
O conserto surge logo
Se alguém procura o
serviço.
Oficina em desgoverno,
Residência em reboliço,
Ajustam-se de repente,
Se há direção de serviço.
O Espiritismo que
abraças,
Por divino compromisso,
É Jesus pedindo à Terra
Mais serviço e mais serviço.
Como precisamos cuidar de nós mesmos com determinação e benevolência!!! A prática do Evangelho é o caminho, a verdade e a vida.
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