pgs. 9-10 de
‘Deus na Natureza’ de Camille Flammarion
(6ª Edição FEB - 1990)
-Tradução de Manuel Quintão-
"O
ceticismo e a dúvida universal imperam no âmago de nossa alma e nosso olhar perscrutador,
que nenhuma ilusão fascina, vigila na cripta dos nossos pensamentos. Não nos
despraz que assim seja. Não lastimemos que Deus não nos houvesse tudo revelado
ao criar-nos, dando-nos contudo o direito de discutir. Essa prerrogativa do
nosso ser é ótima em si mesma, como condição maior de
progresso. Mas, se o ceticismo nos atalaia vigilante, também a necessidade de crença nos atrai.
Podemos duvidar, certo, sem por isso nos isentarmos do insaciável desejo de
conhecer e saber. Uma crença torna-se-nos imprescindível. Os espíritos que se
vangloriam de não a possuírem são os mais ameaçados de cair na superstição ou
de anular-se na indiferença."
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