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‘A Morte e o seu mistério - Vol 2’ de Camille Flammarion
(4ª Edição FEB - 1990)
"São
poucos os pensadores na nossa Humanidade atual. O que nela mais há são comerciantes!.. Pois bem, não será esta
proporção comparável à das observações psíquicas?
Infelizmente,
em geral, as pessoas que pertencem às classes superiores da sociedade - sábios,
eruditos, artistas, escritores, magistrados, sacerdotes, médicos, etc. -
mantêm-se em discreta reserva, como se tivessem medo de falar. Não são
completamente livres, têm interesses a salvaguardar, e calam-se, ao passo que
os outros falam. Esta pusilanimidade, esta covardia, são absolutamente
desprezíveis. De que é que se tem medo? Negar os fatos, por ignorância, é
desculpável. Mas, não ter a coragem de confessar o que se viu, que miséria!
Há
mais criminosos além dos que estão presos: - são os homens cultos que conhecem
as verdades e não ousam revelá-las por temerem o ridículo ou por interesse
pessoal. Tenho encontrado, durante a minha carreira, mais de um destes “homens
de ciência”, muito inteligentes, muito instruídos, que foram testemunhas ou
tiveram conhecimento de fatos metafísicos irrecusáveis, que não duvidam da
existência inegável desses fenômenos, e não têm a coragem de o dizer, por um sentimento de
mesquinhez imperdoável nos espíritos de real valor, ou que cochicham
misteriosamente, com medo de serem ouvidos os seus depoimentos, que seriam de
considerável peso para a vitória da verdade.
Tais
homens são indignos do nome de sábios. Muitos pertencem ao que se chama “alta
sociedade” e receiam desacreditar-se, mostrando-se crédulos, embora creiam,
entretanto, em dogmas muito discutíveis."
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