quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Parapsicologia e Farmacologia


Parapsicologia e Farmacologia - Parte 1/2
Hermínio de Miranda
Reformador (FEB) Dezembro 1961

            A Fundação de Parapsicologia de Nova Iorque, da qual a Sra. Eileen J. Garrett é Presidente, promoveu dois congressos de Parapsicologia e Farmacologia. Para que o leitor não estranhe a associação desses dois ramos do conhecimento humano, vamos logo explicar que se trata, na realidade, não da Farmacologia propriamente, mas dum novo ramo dessa ciência à que se chamou Psicofarmacologia. O objetivo é o estudo das sensações de natureza psíquica provocadas por meio de drogas. O leitor sabe que a ingestão de certos produtos químicos provoca fenômenos e sensações muito semelhantes aos do tipo mediúnico ou anímico.

            O primeiro Congresso teve lugar em Nova Iorque, em 15 e 16 de Novembro de 1958, e reuniu alguns pesquisadores que concordaram “na necessidade de continuar e ampliar as pesquisas nas áreas de interesse comum à Parapsicologia e à Psiquedelia.” E que vem a ser psiquedelia? É o termo proposto para designar o estudo de certas manifestações da mente humana, sob a influência de certas substâncias químicas, especialmente o LSD 25 (ácido lisérgico dietilamido) e a mescalina. Três deliberações foram tomadas no Congresso:

            a) Examinar a terminologia a fim de estabelecer definições que ajudarão a fixar critérios que conduzam a bases geralmente aceitas para a pesquisa futura;

            b) examinar e recomendar os métodos que utilizarão as experiências acumuladas em ambos os campos de investigação, com a finalidade de revelar uma estrutura unificada e integrada para a técnica de pesquisa;

            c) estabelecer um sistema que facilite o rápido intercâmbio de dados significativos, no futuro estudo desses campos.

            A linguagem de tais deliberações está um tanto empolada e redigida num certo jargão científico, mas parece claro que a finalidade a que se propõem os participantes do Congresso é estudar os fenômenos de um ponto de vista friamente científico.

            No livrinho que tenho diante de mim, foram reunidos os diversos trabalhos apresentados aos Congressos.

            Como simples manifestação pessoal de seus autores, é natural que apresentem os mais variados e até contraditórios pontos de vista. Mas vamos examinar alguns deles. O Sr. Duncan B. Blewett, por exemplo, entende que a descoberta das drogas psiquedélicas constitui o maior avanço até agora conseguido no campo da Psicologia, capaz de fornecer meios de alcançar e superar o adiantamento que as ciências físicas tiveram nestes últimos 150 anos. Estamos de acordo com o equacionamento do problema. Entendo que o grande mal da chamada civilização moderna está precisamente no fato de que o desenvolvimento rápido e inarmônico das ciências físicas arrastou o homem para o campo do materialismo. Faltou um crescimento paralelo e simultâneo das ciências psíquicas. Parece que, interessado primeiro em atender aos reclamos do corpo físico, o homem deixou para mais tarde o estudo das questões de ordem espiritual. Essa atitude constituiu um engano fatal para o gênero humano. O desequilíbrio entre essas Duas tendências do pensamento está acarretando inquietações tremendas e pondo em perigo a própria sobrevivência do planeta que habitamos. O ramo materialista da Ciência colocou na mão do homem uma quantidade de poder que ele somente poderia receber depois de mais desenvolvido e amadurecido espiritualmente, ou, pelo menos, com maior conhecimento da sua verdadeira natureza espiritual e das leis que regem essa natureza íntima. Em outras palavras: o homem moderno é, uma criança grande brincando com os mais mortíferos instrumentos de terror. O nosso receio está precisamente em que não haja mais tempo para recuperar essas divergências.

            Muitas vezes, no passado, tem sido reiniciado o estudo dos fenômenos psíquicos. E cada vez que se chega a alguma conclusão, recai tudo no esquecimento. Não sei se faltou a essas conclusões a dramaticidade de um impacto emocional mais vigoroso que chamasse a atenção de todos ou se é a própria Humanidade que não deseja fazer esforço no sentido de despertar de uma vez para as realidades do espírito. Era de presumir-se que depois das pesquisas de Sir William Crookes, por exemplo, não restassem mais dúvidas quanto àquela realidade. O mesmo se poderia dizer da argumentação de Lombroso, de Ernesto Bozanno e de tantos outros, para não citar a própria exposição doutrinária de Kardec e seus continuadores, à qual não se pode negar base científica racional. Mesmo abstraindo-se da parte religiosa da codificação kardequiana, que a Ciência tem por norma recusar sistemática e cegamente, ainda fica um bloco solidíssimo de conceituação nitidamente filosófica e com inegável apoio na lógica, que aponta para a realidade da existência e sobrevivência do Espírito. Fato curioso, no entanto, é que basta um cientista de renome reafirmar essas verdades para ficar imediatamente sob suspeita ou ser totalmente rejeitado pelos seus colegas de tipo mais acadêmico. E por isso muitos se calam... Vejam, por exemplo, o Dr. J. B. Rhine. Por enquanto vai muito bem e os resultados de suas pesquisas, apesar da habitual resistência sempre encontrada nos meios científicos, vai sendo, senão aceita, pelos menos examinada. No dia, porém, em que lançar o peso de sua autoridade para afirmar a existência e a sobrevivência do Espírito humano, então veremos a cortina de silêncio descer sobre seu nome.

            Mas, voltemos ao Dr. Blewett. Este pelo menos reconhece a necessidade de empregar melhores métodos e instrumentos de pesquisa no campo da Parapsicologia. “Usar os métodos científicos e experimentais da atual Psicologia nos domínios da investigação paranormal é o mesmo que tentar medir a distância até à Lua com uma varinha” (yardstick).            

            De fato já é tempo de compreenderem os cientistas que os métodos de pesquisas usualmente empregados nos outros ramos da Ciência nem sempre servem à pesquisa do Espírito. Não adianta querer aprisioná-lo e colocá-lo entre as lâminas do microscópio eletrônico. Isso é duma trágica ingenuidade. O problema mais sério, não obstante, são as conclusões apressadas. Quando Sir William James fez algumas experiências com óxido nitroso e obteve um “estado místico” não faltou quem dissesse que “a Religião era função de um composto químico”. O Sr. Fraser Nicol, citado pelo Dr. Blewett, teme que, diante das novas experiências com o LSD, a religião organizada venha logo bradar que “a Religião deve ser encontrada no Calvário e não nas usinas da Parke Davis ou da Eli Lilly”. E não deixaria de ter razão, porque, se alguém precisa tomar drogas para atingir um estado de religiosidade, é uma lástima. Acredito que seja ainda muito cedo para misturar religião e parapsicologia, ou religião e psiquedelia, ou que outros nomes tenham esses ramos de pesquisa. O que temos visto no passado pode resumir-se em duas alternativas: ou a pesquisa encontra mesmo o Espírito e o proclama, ou dá num beco sem saída porque os pesquisadores não têm suficiente lucidez para trilhar o caminho que escolheram. Tanto no primeiro caso, como no segundo, todo o trabalho tem resultado invalidado igualmente para as religiões organizadas e para os cientistas cépticos. Será que vai ser diferente com a
Parapsicologia? Temos o direito de alimentar algumas dúvidas a esse respeito, mas não vamos retirar-lhe o crédito de confiança que lhe cabe.

            Já a Sra. Eileen J. Garrett, que é também médium conhecida, acha que a experiência obtida com o uso das drogas psiquedélicas é mais aproximada do estado de clarividência e êxtase do que do transe mediúnico. Considera, porém. que ainda há muito pouca informação sobre o assunto para que se possa fazer um juízo seguro sobre ele.

            O Sr. Abram Hoffer, que vem estudando o assunto desde 1951, entende que a Parapsicologia está ainda na fase inicial de pesquisa, na qual o fenômeno é apenas descrito. A segunda fase seria a criação de uma hipótese para explicá-lo ; a terceira, de experimentação para testar a hipótese e, finalmente, na quarta fase seria apresentada a conclusão. Lembra que os fenômenos parapsicológicos ainda não são aceitos universalmente pela Ciência, apesar de que muitos estão firmemente convencidos de sua autenticidade. Oferece duas razões pelas quais os fenômenos ainda não estão sendo aceitos. Primeiro, porque os métodos estatísticos são incorretos e, segundo, porque uma demonstração clara desses fenômenos invalidará as teorias da relatividade. No seu entender, os métodos estatísticos até aqui empregados não se aplicam aos fenômenos biológicos. Acredita necessário criar novos métodos matemáticos para avaliação do fenômeno. Quanto à objeção dos relativistas, acha que não tem grande significação, pois que, uma vez estabelecIda a autenticidade científica do fenômeno, os físicos juntarão seus esforços aos pesquisadores da Para psicologia para encontrar as necessárias explicações.

            O Sr. Francis Huxley considera importante para a pesquisa com as drogas, a cooperação do médium já desenvolvido.

            O Sr. David Kahn, um psiquiatra profissional, acha que a Parapsicologia é uma espécie de corpo estranho no seio da ciência moderna. Não pôde ainda ser aceita porque, na fase atual, é “indigesta” (indigestible). E se pergunta onde estaria a falha que impede a aceitação da Parapsicologia. Talvez tenha havido algum erro inicial, por conta do entusiasmo do primeiro instante. Sua conclusão final é a de que é preciso começar tudo de novo, examinando todo o caminho percorrido até agora.

            Por isso é que costumo afirmar que não tenho grandes esperanças nesses métodos de pesquisa em torno do Espírito humano. Estão sempre recomeçando...

            O Sr. Robert w. Laidlaw informa que, na sua opinião, o emprego das referidas drogas abre uma nova picada para compreensão do fenômeno mediúnico. Citando o Dr. Ian Stevenson, declara que as drogas psiquedélicas removem o mecanismo inibidor da mente, trazendo a criatura para os domínios da psicopatologia ao mesmo tempo em que “nos dá uma grande compreensão do Universo e nossa posição nele”. A experiência parece assemelhar-se, de certa forma, não somente ao êxtase, como também à consciência cósmica da Ioga".

            J. Fraser Nicol e Betty H. Nicol apresentam um pequeno estudo sobre o uso experimental dos compostos químicos. Os autores depositam esperança em que tais compostos sirvam de instrumento para melhor compreensão da impressão psíquica. Acham que a procura consciente do fenômeno psíquico raramente é coroada de êxito. Estamos de acordo com os autores. É esse precisamente um dos grandes obstáculos à pesquisa, porque o fenômeno psíquico não ocorre à nossa vontade, quando queremos e nas condições que desejamos. Acrescentam os autores que há pouca afinidade entre os experimentos com as cartas de baralho e as manifestações da mediunidade. Naturalmente que tem que haver. Temos assinalado, com frequência, em comentários aqui publicados, que os parapsicólogos ainda não chegaram à distinção entre os fenômenos de natureza espírita e os de natureza anímica. É uma pena. Como dizia o nosso lúcido e querido Ismael Gomes Braga, há pouco tempo, se a coisa vai nesse passo, daqui mais um século os cientistas vão descobrir Allan Kardec...

            De forma que, em vista da dificuldade em obter resultados práticos com as experiências estatísticas que a parapsicologia vem utilizando, entendem os autores que é urgente o auxílio da farmacologia, para provocar os estados psíquicos necessários aos estudos. Acham mesmo que em contraste com os magros resultados da experiência com o baralho Zener, é muito mais espetacular a evidência que emerge dos quatro estados diferentes que os autores classificam de mediunidade, automatismos, sonhos ou estados de semi vigília e, finalmente, experiências espontâneas em estado de vigília. É evidente o desconhecimento, digamos técnico, que os autores revelam dos fenômenos psíquicos. O a que chamam automatismo e a que nós chamaríamos psicografia é, em si mesma, um fenômeno mediúnico, muito embora tanto possa ser espírita como anímico. Também os demais casos poderiam ser considerados meras manifestações mediúnicas. A conclusão dos autores é a de que todos esses fatos nos autorizam a concluir que “o consciente inibe e distorce a expressão dos impulsos psíquicos”. Aqui não concordamos. A nossa experiência espírita informa, ao contrário, que há mediunidade consciente e inconsciente. Na primeira, não é necessário anular o consciente para que o fenômeno se produza. O Dr. Karlis Osis, diretor de Pesquisa da Fundação de Parapsicologia de Nova Iorque, informa que tem conduzido muitas experiências com médiuns. Também ele redescobriu o fato de que tais médiuns falham constantemente quando submetidos a certos controles, sob a tensão da expectativa. Isto faz lembrar uma pequena história que li há pouco no livro “The Sky People”, de Brinsley Le Poer Trench . Certa vez, um homem passava carregando um peixe muito grande. Encontrou-se com outro homem que nunca tinha visto um peixe, nem grande, nem pequeno ou de qualquer tamanho e nunca tinha visto quantidade maior de água do que a que podia conter o balde onde sua esposa lavava os pratos.

            - Que é isso? - perguntou ele ao homem que levava o peixe.

            - Isto é um peixe.

            - Que é que ele faz?

            - Ele nada.

            Muito confuso, o homem perguntou ainda:

            - E daí? Que é nadar?

            - É feito n’água, assim...

            E o homem fez os gestos explicativos, com uma das mãos. O outro olhou para o peixe com uma grave expressão de cepticismo e disse muito seguro de si:

            - Isso é impossível. Não existe tanta água assim, num só lugar.

            - Existe do outro lado da montanha - foi a resposta.

            - Mostre-me como é que ele nada - exigiu o cético ..

            - Então vamos atravessar a montanha até ao lago, que eu lhe mostrarei - disse o homem do peixe, de maneira conciliatória, e se pôs a caminhar.

            - Espera aí, meu amigo – gritou o cético. - Quero que você me mostre aqui mesmo no meio da rua, onde nos encontramos, face a face. Se você não me mostrar aqui, nunca poderei acreditar.

            Mas o homem do peixe continuou à caminhar indiferente, na direção da montanha.

            Com a pesquisa do espírito humano a história é a mesma. Os céticos de todos os tempos e de todas as latitudes querem o fenômeno no meio da rua, sob condições impraticáveis; querem, enfim, ver o peixe nadar onde nem água existe.

            Voltemos, porém, ao Dr. Karlis Osis. Diz ele que a performance de bons médiuns também varia de uma sessão para outra ou conforme o grupo de assistentes ou consulentes. Também isso é fato conhecido. Basta ler Kardec.

            A sugestão do Dr. Osis é, a de que existe uma necessidade premente de “estabilizar e aumentar a eficiência de suas performances” para explorar as “possibilidades experimentais do problema da sobrevivência”. As esperanças do Dr. Osis também estão na farmacologia. Os pobres dos médiuns - alguns verdadeiros mártires dessa ciência vivisecadora - passarão agora a ingerir drogas para produzir fenômenos à vontade dos pesquisadores sempre céticos.

            O Dr. Humphry Osmond descreve algumas experiências pessoais com as drogas, chegando à conclusão de que seu emprego possibilita a transmissão do pensamento e outros fenômenos de natureza psíquica.

            Já o Dr. Thomas T. Paterson, da Universidade de Glascow, na Escócia, entende que é necessário definir que espécie de estudo deve ser conduzido e que métodos devem ser empregados. Na sua opinião, a aplicação da lógica matemática a observações empíricas não conduz a nenhuma solução prática: simplesmente estabelece que o fenômeno é válido - mas isto, diz ele., “não está mais em dúvida”. De fato, mesmo sem o conhecimento científico que o Dr. Paterson certamente possui, muito acima da minha humilde bagagem, tenho insistido bastante em que considero, na melhor das hipóteses, insuficiente, a aplicação de métodos estatísticos quantitativos à pesquisa psíquica. A seguir, o Dr. Paterson sugere o roteiro científico que, a seu ver, deverá ser observado para estudo do assunto.           

            O Dr. Ira Progoff, também da Fundação de Parapsicologia, está mais interessado na cura de doenças mentais. Confia nas possibilidades das drogas para investigar a causa dos distúrbios mentais e curá-los.

            O Dr. John R. Smythies discute o problema filosófico do dualismo cartesiano do corpo material e da mente imaterial e termina dizendo, sem concluir nada de novo, que as drogas psiquedélicas suprimem a inibição do cérebro e liberam ou revelam a atividade psíquica da criatura sob a forma de um estupendo panorama de imagens.

            Logo a seguir, o Dr. Cedric W. M. Wilson informa, de início, que duas premissas devem instruir a pesquisa do efeito de qualquer agente farmacológico na capacidade psíquica do homem. São elas: que a ESP (Percepção extra-sensorial) é uma função fisiológica do homem, e, segundo, que “tal como outras funções fisiológicas do cérebro, é capaz de ser modificada por agentes farmacológicos”. O grifo é meu, pois não posso aceitar, de forma alguma, a premissa de que a capacidade psíquica é uma função fisiológica do cérebro.

            Estão confundindo causa e efeito. O Dr. Wilson parece situar-se na ala materialista da Ciência, despreparado, portanto, para uma pesquisa essencialmente espiritualista. Logo adiante insiste em que a percepção extra-sensorial é uma função fisiológica do homem. É bem verdade que a mediunidade, que faz lembrar a capacidade de percepção extra-sensorial, pode ocorrer com maior facilidade sob certas condições orgânicas. Por exemplo, o médium de materialização tem maior capacidade de segregação do ectoplasma necessário à produção dos fenômenos. Muitos chegam a fornecer quantidades consideráveis de ectoplasma aos Espíritos manifestantes, mas daí a dizer que a percepção extra-sensorial é uma função fisiológica do cérebro, tal como outras, vai muito terreno. Isso é concepção superada da escola materialista, que acreditava ser o pensamento uma secreção do cérebro da mesma forma que o suco gástrico é produzido pelo estômago.

            Partindo dessas premissas, não sei como poderão os pesquisadores chegar à meta a que se propõem.

            Finalmente, a Sra. Olga Worrall procura descrever as sensações que experimenta durante o trabalho mediúnico. Na mediunidade clarividente, diz ela, é como se o alto da cabeça estivesse aberto e um facho de luz afunilado saísse do ponto conhecido por “moleira”. No estado de clarividência, parece que a testa está amplamente aberta. O papel dos olhos é secundário: “o centro de atração é o que é “visto” com a testa. Pessoas e cenas aparecem tal como num filme, mas sem a tela. Às vezes há cor e às vezes somente em preto e branco”. Esta descrição coincide com a concepção ocultista do “terceiro olho”, localizado, segundo os mestres, entre as sobrancelhas. Outros fenômenos são apreciados pela Sra. Worrall, como, por exemplo, o dom da psicometria, a cura espiritual, o conhecimento do conteúdo de uma carta fechada, a história dos objetos e seus possuidores, a faculdade de diagnosticar uma doença pela simples imposição da mão sobre o paciente, a faculdade de encontrar uma pessoa pela primeira vez e saber tudo sobre ela, predizendo até mesmo o seu futuro. Tudo isso - diz a Sra. Worrall, singelamente -. são “dons que, apesar de inexplicáveis, existem”.


            Deixemos para outra oportunidade o estudo das ideias agitadas durante o Segundo Congresso de Parapsicologia e Farmacologia, realizado de 6 a 10 de Julho de 1959, em St. Paul de Vence, na França.

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