Parapsicologia e Farmacologia - Parte 1/2
Hermínio de Miranda
Reformador (FEB) Dezembro 1961
A Fundação de Parapsicologia de Nova
Iorque, da qual a Sra. Eileen J. Garrett é Presidente, promoveu dois congressos
de Parapsicologia e Farmacologia. Para que o leitor não estranhe a associação
desses dois ramos do conhecimento humano, vamos logo explicar que se trata, na
realidade, não da Farmacologia propriamente, mas dum novo ramo dessa ciência à
que se chamou Psicofarmacologia. O objetivo é o estudo das sensações de
natureza psíquica provocadas por meio de drogas. O leitor sabe que a ingestão
de certos produtos químicos provoca fenômenos e sensações muito semelhantes aos
do tipo mediúnico ou anímico.
O primeiro Congresso teve lugar em
Nova Iorque, em 15 e 16 de Novembro de 1958, e reuniu alguns pesquisadores que
concordaram “na necessidade de continuar e ampliar as pesquisas nas áreas de
interesse comum à Parapsicologia e à Psiquedelia.” E que vem a ser psiquedelia?
É o termo proposto para designar o estudo de certas manifestações da mente
humana, sob a influência de certas substâncias químicas, especialmente o LSD 25
(ácido lisérgico dietilamido) e a mescalina. Três deliberações foram tomadas no
Congresso:
a) Examinar a terminologia a fim de
estabelecer definições que ajudarão a fixar critérios que conduzam a bases
geralmente aceitas para a pesquisa futura;
b) examinar e recomendar os métodos
que utilizarão as experiências acumuladas em ambos os campos de investigação,
com a finalidade de revelar uma estrutura unificada e integrada para a técnica
de pesquisa;
c) estabelecer um sistema que
facilite o rápido intercâmbio de dados significativos, no futuro estudo desses
campos.
A linguagem de tais deliberações
está um tanto empolada e redigida num certo jargão científico, mas parece claro
que a finalidade a que se propõem os participantes do Congresso é estudar os
fenômenos de um ponto de vista friamente científico.
No livrinho que tenho diante de mim,
foram reunidos os diversos trabalhos apresentados aos Congressos.
Como simples manifestação pessoal de
seus autores, é natural que apresentem os mais variados e até contraditórios
pontos de vista. Mas vamos examinar alguns deles. O Sr. Duncan B. Blewett, por
exemplo, entende que a descoberta das drogas psiquedélicas constitui o maior
avanço até agora conseguido no campo da Psicologia, capaz de fornecer meios de
alcançar e superar o adiantamento que as ciências físicas tiveram nestes
últimos 150 anos. Estamos de acordo com o equacionamento do problema. Entendo
que o grande mal da chamada civilização moderna está precisamente no fato de
que o desenvolvimento rápido e inarmônico das ciências físicas arrastou o homem
para o campo do materialismo. Faltou um crescimento paralelo e simultâneo das
ciências psíquicas. Parece que, interessado primeiro em atender aos reclamos do
corpo físico, o homem deixou para mais tarde o estudo das questões de ordem
espiritual. Essa atitude constituiu um engano fatal para o gênero humano. O
desequilíbrio entre essas Duas tendências do pensamento está acarretando
inquietações tremendas e pondo em perigo a própria sobrevivência do planeta que
habitamos. O ramo materialista da Ciência colocou na mão do homem uma
quantidade de poder que ele somente poderia receber depois de mais desenvolvido
e amadurecido espiritualmente, ou, pelo menos, com maior conhecimento da sua
verdadeira natureza espiritual e das leis que regem essa natureza íntima. Em
outras palavras: o homem moderno é, uma criança grande brincando com os mais
mortíferos instrumentos de terror. O nosso receio está precisamente em que não
haja mais tempo para recuperar essas divergências.
Muitas vezes, no passado, tem sido
reiniciado o estudo dos fenômenos psíquicos. E cada vez que se chega a alguma
conclusão, recai tudo no esquecimento. Não sei se faltou a essas conclusões a
dramaticidade de um impacto emocional mais vigoroso que chamasse a atenção de
todos ou se é a própria Humanidade que não deseja fazer esforço no sentido de
despertar de uma vez para as realidades do espírito. Era de presumir-se que
depois das pesquisas de Sir William Crookes, por exemplo, não restassem mais
dúvidas quanto àquela realidade. O mesmo se poderia dizer da argumentação de
Lombroso, de Ernesto Bozanno e de tantos outros, para não citar a própria
exposição doutrinária de Kardec e seus continuadores, à qual não se pode negar
base científica racional. Mesmo abstraindo-se da parte
religiosa da codificação kardequiana, que a Ciência tem por norma recusar
sistemática e cegamente, ainda fica um bloco solidíssimo de conceituação
nitidamente filosófica e com inegável apoio na lógica, que aponta para a
realidade da existência e sobrevivência do Espírito. Fato curioso, no entanto,
é que basta um cientista de renome reafirmar essas verdades para ficar
imediatamente sob suspeita ou ser totalmente rejeitado pelos seus colegas de
tipo mais acadêmico. E por isso muitos se calam... Vejam, por exemplo, o Dr. J.
B. Rhine. Por enquanto vai muito bem e os resultados de suas pesquisas,
apesar da habitual resistência sempre encontrada nos meios científicos, vai
sendo, senão aceita, pelos menos examinada. No dia, porém, em que lançar o peso
de sua autoridade para afirmar a existência e a sobrevivência do Espírito
humano, então veremos a cortina de silêncio descer sobre seu nome.
Mas, voltemos ao Dr. Blewett. Este
pelo menos reconhece a necessidade de empregar melhores métodos e instrumentos
de pesquisa no campo da Parapsicologia. “Usar
os métodos científicos e experimentais da atual Psicologia nos domínios da
investigação paranormal é o mesmo que tentar medir a distância até à Lua com
uma varinha” (yardstick).
De fato já é tempo de compreenderem
os cientistas que os métodos de pesquisas usualmente empregados nos outros
ramos da Ciência nem sempre servem à pesquisa do Espírito. Não adianta querer
aprisioná-lo e colocá-lo entre as lâminas do microscópio eletrônico. Isso é
duma trágica ingenuidade. O problema mais sério, não obstante, são as
conclusões apressadas. Quando Sir William James fez algumas experiências com
óxido nitroso e obteve um “estado místico” não faltou quem dissesse que “a Religião era função de um
composto químico”.
O Sr. Fraser Nicol, citado pelo Dr. Blewett, teme que, diante das novas
experiências com o LSD, a religião organizada venha logo bradar que “a Religião deve ser encontrada no Calvário e
não nas usinas da Parke Davis ou da Eli Lilly”. E não deixaria de ter
razão, porque, se alguém precisa tomar drogas para atingir um estado de
religiosidade, é uma lástima. Acredito que seja ainda muito cedo para misturar
religião e parapsicologia, ou religião e psiquedelia, ou que outros nomes
tenham esses ramos de pesquisa. O que temos visto no passado pode resumir-se em
duas alternativas: ou a pesquisa encontra mesmo o Espírito e o proclama, ou dá
num beco sem saída porque os pesquisadores não têm suficiente lucidez para
trilhar o caminho que escolheram. Tanto no primeiro caso, como no segundo, todo
o trabalho tem resultado invalidado igualmente para
as religiões organizadas e para os cientistas cépticos. Será que vai ser
diferente com a
Parapsicologia?
Temos o direito de alimentar algumas dúvidas a esse respeito, mas não vamos
retirar-lhe o crédito de confiança que lhe cabe.
Já a Sra. Eileen J. Garrett, que é
também médium conhecida, acha que a experiência obtida com o uso das drogas
psiquedélicas é mais aproximada do estado de clarividência e êxtase do que do
transe mediúnico. Considera, porém. que ainda há muito pouca informação sobre o
assunto para que se possa fazer um juízo seguro sobre ele.
O Sr. Abram Hoffer, que vem
estudando o assunto desde 1951, entende que a Parapsicologia está ainda na fase
inicial de pesquisa, na qual o fenômeno é apenas descrito. A segunda fase seria
a criação de uma hipótese para explicá-lo ; a terceira, de experimentação para
testar a hipótese e, finalmente, na quarta fase seria apresentada a conclusão.
Lembra que os fenômenos parapsicológicos ainda não são aceitos universalmente
pela Ciência, apesar de que muitos estão firmemente convencidos de sua
autenticidade. Oferece duas razões pelas quais os fenômenos ainda não estão
sendo aceitos. Primeiro, porque os métodos estatísticos são incorretos e,
segundo, porque uma demonstração clara desses fenômenos invalidará as teorias
da relatividade. No seu entender, os métodos estatísticos até aqui empregados
não se aplicam aos fenômenos biológicos. Acredita necessário criar novos
métodos matemáticos para avaliação do fenômeno. Quanto à objeção dos relativistas,
acha que não tem grande significação, pois que, uma vez estabelecIda a
autenticidade científica do fenômeno, os físicos juntarão seus esforços aos
pesquisadores da Para psicologia para encontrar as necessárias explicações.
O Sr. Francis Huxley considera
importante para a pesquisa com as drogas, a cooperação do médium já
desenvolvido.
O Sr. David Kahn, um psiquiatra
profissional, acha que a Parapsicologia é uma espécie de
corpo estranho no seio da ciência moderna. Não pôde ainda ser aceita porque, na
fase atual, é “indigesta” (indigestible). E se pergunta onde estaria a falha
que impede a aceitação da Parapsicologia. Talvez tenha havido algum erro
inicial, por conta do entusiasmo do primeiro instante. Sua conclusão final é a
de que é preciso começar tudo de novo, examinando todo o caminho percorrido até
agora.
Por isso é que costumo afirmar que
não tenho grandes esperanças nesses métodos de pesquisa em torno do Espírito
humano. Estão sempre recomeçando...
O Sr. Robert w. Laidlaw informa que,
na sua opinião, o emprego das referidas drogas abre uma nova picada para
compreensão do fenômeno mediúnico. Citando o Dr. Ian Stevenson, declara que as
drogas psiquedélicas removem o mecanismo inibidor da mente, trazendo a criatura
para os domínios da psicopatologia ao mesmo tempo em que “nos dá uma grande
compreensão do Universo e nossa posição nele”. A experiência parece
assemelhar-se, de certa forma, não somente ao êxtase, como também à consciência
cósmica da Ioga".
J. Fraser Nicol e Betty H. Nicol
apresentam um pequeno estudo sobre o uso experimental dos compostos químicos.
Os autores depositam esperança em que tais compostos sirvam de instrumento para
melhor compreensão da impressão psíquica. Acham que a procura consciente do
fenômeno psíquico raramente é coroada de êxito. Estamos de acordo com os
autores. É esse precisamente um dos grandes obstáculos à pesquisa, porque o
fenômeno psíquico não ocorre à nossa vontade, quando queremos e nas condições
que desejamos. Acrescentam os autores que há pouca afinidade entre os experimentos
com as cartas de baralho e as manifestações da mediunidade. Naturalmente que
tem que haver. Temos assinalado, com frequência, em comentários aqui
publicados, que os parapsicólogos ainda
não chegaram à distinção entre os fenômenos de natureza espírita e os de
natureza anímica. É uma pena. Como dizia o nosso lúcido e querido Ismael Gomes
Braga, há pouco tempo, se a coisa vai nesse passo, daqui mais um século os
cientistas vão descobrir Allan Kardec...
De forma que, em vista da
dificuldade em obter resultados práticos com as experiências estatísticas que a
parapsicologia vem utilizando, entendem os autores que é urgente o auxílio da
farmacologia, para provocar os estados psíquicos necessários aos estudos. Acham
mesmo que em contraste com os magros resultados da experiência com o baralho
Zener, é muito mais espetacular a evidência que emerge dos quatro estados
diferentes que os autores classificam de mediunidade, automatismos, sonhos ou
estados de
semi vigília e, finalmente, experiências espontâneas em estado de vigília. É
evidente o desconhecimento, digamos técnico, que os autores revelam dos
fenômenos psíquicos. O a que chamam automatismo e a que nós chamaríamos
psicografia é, em si mesma, um fenômeno mediúnico, muito embora tanto possa ser
espírita como anímico. Também os demais casos poderiam ser considerados meras
manifestações mediúnicas. A conclusão dos autores é a de que todos esses fatos
nos autorizam a concluir que “o consciente inibe e distorce a expressão dos impulsos
psíquicos”. Aqui não concordamos. A nossa experiência espírita informa, ao
contrário, que há mediunidade consciente e inconsciente. Na primeira, não é
necessário anular o consciente para que o fenômeno se produza. O Dr. Karlis
Osis, diretor de Pesquisa da Fundação de Parapsicologia de Nova Iorque, informa
que tem conduzido
muitas experiências com médiuns. Também ele redescobriu o fato de que tais
médiuns falham constantemente quando submetidos a certos controles, sob a
tensão da expectativa. Isto faz lembrar uma pequena história que li há pouco no
livro “The Sky People”, de Brinsley
Le Poer Trench . Certa vez, um homem passava carregando um peixe muito grande.
Encontrou-se com outro homem que nunca tinha visto um peixe, nem grande, nem
pequeno ou de qualquer tamanho e nunca tinha visto quantidade maior de água do
que a que podia conter o balde onde sua esposa lavava os pratos.
- Que é isso? - perguntou ele ao
homem que levava o peixe.
- Isto é um peixe.
- Que é que ele faz?
- Ele nada.
Muito confuso, o homem perguntou
ainda:
- E daí? Que é nadar?
- É feito n’água, assim...
E o homem fez os gestos
explicativos, com uma das mãos. O outro olhou para o peixe com uma grave
expressão de cepticismo e disse muito seguro de si:
- Isso é impossível. Não existe
tanta água assim, num só lugar.
- Existe do outro lado da montanha -
foi a resposta.
- Mostre-me como é que ele nada -
exigiu o cético ..
- Então vamos atravessar a montanha
até ao lago, que eu lhe mostrarei - disse o homem do peixe, de maneira
conciliatória, e se pôs a caminhar.
- Espera aí, meu amigo – gritou o
cético. - Quero que você me mostre aqui mesmo no
meio da rua, onde nos encontramos, face a face. Se você não me mostrar aqui,
nunca poderei acreditar.
Mas o homem do peixe continuou à caminhar
indiferente, na direção da montanha.
Com a pesquisa do espírito humano a
história é a mesma. Os céticos de todos os tempos e de todas as latitudes
querem o fenômeno no meio da rua, sob condições impraticáveis; querem, enfim,
ver o peixe nadar onde nem água existe.
Voltemos, porém, ao Dr. Karlis Osis.
Diz ele que a performance de bons médiuns também varia de uma sessão para outra
ou conforme o grupo de assistentes ou consulentes. Também isso é fato
conhecido. Basta ler Kardec.
A sugestão do Dr. Osis é, a de que
existe uma necessidade premente de “estabilizar e aumentar a eficiência de suas
performances” para explorar as “possibilidades experimentais do problema da
sobrevivência”. As esperanças do Dr. Osis também estão na farmacologia. Os
pobres dos médiuns - alguns verdadeiros mártires dessa ciência vivisecadora -
passarão agora a ingerir drogas para produzir fenômenos à vontade dos
pesquisadores sempre céticos.
O Dr. Humphry Osmond descreve
algumas experiências pessoais com as drogas, chegando à conclusão de que seu
emprego possibilita a transmissão do pensamento e outros fenômenos de natureza
psíquica.
Já o Dr. Thomas T. Paterson, da
Universidade de Glascow, na Escócia, entende que é necessário
definir que espécie de estudo deve ser conduzido e que métodos devem ser
empregados. Na sua opinião, a aplicação da lógica matemática a observações
empíricas não conduz a nenhuma solução prática: simplesmente estabelece que o
fenômeno é válido - mas isto, diz ele., “não está mais em dúvida”. De fato,
mesmo sem o conhecimento científico que o Dr. Paterson certamente possui, muito
acima da minha humilde bagagem, tenho insistido bastante em que considero, na
melhor das hipóteses, insuficiente, a aplicação de métodos estatísticos
quantitativos à pesquisa psíquica. A seguir, o Dr. Paterson
sugere o roteiro científico que, a seu ver, deverá ser observado para estudo do
assunto.
O Dr. Ira Progoff, também da
Fundação de Parapsicologia, está mais interessado na cura de doenças mentais.
Confia nas possibilidades das drogas para investigar a causa dos distúrbios
mentais e curá-los.
O Dr. John R. Smythies discute o
problema filosófico do dualismo cartesiano do corpo material e da mente
imaterial e termina dizendo, sem concluir nada de novo, que as drogas
psiquedélicas suprimem a inibição do cérebro e liberam ou revelam a atividade
psíquica da criatura sob a forma de um estupendo panorama de imagens.
Logo a seguir, o Dr. Cedric W. M.
Wilson informa, de início, que duas premissas devem instruir a pesquisa do
efeito de qualquer agente farmacológico na capacidade psíquica do homem. São
elas: que a ESP (Percepção extra-sensorial) é uma função fisiológica do homem,
e, segundo, que “tal como outras funções
fisiológicas do cérebro, é capaz de ser modificada por agentes
farmacológicos”. O grifo é meu, pois não posso aceitar, de forma alguma, a
premissa de que a capacidade psíquica é uma função fisiológica do cérebro.
Estão confundindo causa e efeito. O
Dr. Wilson parece situar-se na ala materialista da Ciência,
despreparado, portanto, para uma pesquisa essencialmente espiritualista. Logo
adiante insiste em que a percepção extra-sensorial é uma função fisiológica do
homem. É bem verdade que a mediunidade, que faz lembrar a capacidade de
percepção extra-sensorial, pode ocorrer com maior facilidade sob certas
condições orgânicas. Por exemplo, o médium de materialização tem maior
capacidade de segregação do ectoplasma necessário à produção dos fenômenos.
Muitos chegam a fornecer quantidades consideráveis de ectoplasma aos Espíritos
manifestantes, mas daí a dizer que a percepção extra-sensorial é uma função
fisiológica do cérebro, tal como outras,
vai muito terreno. Isso é
concepção superada da escola materialista, que acreditava ser o pensamento uma
secreção do cérebro da mesma forma que o suco gástrico é produzido pelo
estômago.
Partindo dessas premissas, não sei
como poderão os pesquisadores chegar à meta a que se propõem.
Finalmente, a Sra. Olga Worrall
procura descrever as sensações que experimenta durante o trabalho mediúnico. Na
mediunidade clarividente, diz ela, é como se o alto da cabeça estivesse aberto
e um facho de luz afunilado saísse do ponto conhecido por “moleira”. No estado
de clarividência, parece que a testa está amplamente aberta. O papel dos olhos
é secundário: “o centro de atração é o que é “visto” com a testa. Pessoas e
cenas aparecem tal como num filme, mas sem a tela. Às vezes há cor e às vezes somente
em preto e branco”. Esta descrição coincide com a concepção ocultista do “terceiro
olho”, localizado, segundo os mestres, entre as sobrancelhas. Outros fenômenos
são apreciados pela Sra. Worrall, como, por exemplo, o dom da psicometria, a
cura espiritual, o conhecimento do conteúdo de uma carta fechada, a história
dos objetos e seus possuidores, a faculdade de diagnosticar uma doença pela
simples imposição da mão sobre o paciente, a faculdade de encontrar uma pessoa
pela primeira vez e saber tudo sobre ela, predizendo até mesmo o seu futuro.
Tudo isso - diz a Sra. Worrall, singelamente -. são “dons que, apesar de
inexplicáveis, existem”.
Deixemos para outra oportunidade o
estudo das ideias agitadas durante o Segundo Congresso de Parapsicologia e
Farmacologia, realizado de 6 a 10 de Julho de 1959, em St. Paul de Vence, na
França.
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