O
Pagamento
do
Imposto ao Templo
17,24
Logo que chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobravam o imposto da didracma
aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: Teu Mestre não paga a didracma?
17,25 -Paga sim! Respondeu Pedro. Mas, quando chegaram a casa,
Jesus preveniu-o, dizendo: “-Que te parece, Simão? Os reis da terra, de quem
recebem os tributos ou os impostos? De seus filhos ou dos estrangeiros?”
17,26 Pedro respondeu: -Dos estrangeiros. Jesus
replicou: “ -Os filhos, então, estão isentos
17,27 mas, não convém aborrecê-los. Vai ao mar,
lança o anzol e ao primeiro peixe que pegares, abrirás a boca e encontraras um
estatere*. Toma-o e dá-o por Mim e por ti.”
*Estatere -Moeda equivalente a duas dracmas.
Para
Mt (17,24-27), -O Pagamento do Imposto ao Templo - retornamos à
palavra de Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:
“Os judeus, como sabemos, persistiam
em querer que Jesus fosse um chefe temporal, pretensão que Ele não perdia
ensejo de demonstrar infundada, porquanto o seu reino não era deste mundo, não
sendo, pois, de estranhar que, os discípulos, como hebreus que eram, desejassem
encontrar um pretexto para se forrarem às obrigações que lhes impunha o poder
do dominador estrangeiro. Por isso, o Mestre,
cuja missão era toda de natureza espiritual, aproveitou aquela oportunidade,
para, com a eloquência de seus atos, lhes dar uma lição de humildade e
submissão, apontando-lhes estas virtudes como as armas que dão, aos pequenos, a
vitória da razão e da verdade.
Os “filhos”, a quem Jesus se referia, eram, com relação aos reis da
Terra, os naturais do país; ao passo que, para os romanos, eram “filhos” os cidadãos de Roma, sendo
estrangeiros os povos subjugados; para os hebreus, ao contrário, no país que
aqueles haviam conquistado, estrangeiros eram os conquistadores e filhos os que
nesse país haviam nascido. Justo era, portanto, que, estando na sua terra, eles
não pagassem tributo aos romanos.
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