As
crianças
prodígio
Reformador
(FEB) Novembro 1945
Miguel Angelo usava ainda roupas da
primeira infância quando seu mestre Ghirlandaio despedia-o de sua oficina, por
não ter mais que lhe ensinar.
Mozart compunha seu primeiro concerto
aos 6 anos.
Baptista Raisin falava 3 línguas na
idade de 2 anos.
Aos
7 anos, a filha do deputado de Pontevy, Sr. Brard, executa as óperas de Bach, Nayder e Mozart, com talento
maravilhoso.
Erick Korngold, com 13 anos apenas, compôs
um trio de música de câmera para piano, violino e violoncelo. A Grande Ópera de
Viena leva à cena uma pantomina sua: "O homem de neve".
Miss Joan Maude, filha do ator Maude,
aos 5 anos de idade, publicou uma coleção de cintos, da qual se falou muito em
Londres. Seus pais escreveram o "Por entre as trevas da noite", que
assim sé intitula a obra, ditada pela autorazinha, visto que ela não sabia
ainda ler e escrever.
René Guillon, filho de um empregado do
Correio de Rennes, com 7 1/2 anos de idade,
compõe e executa ao piano sonatas, sinfonias, fugas, duos, que fazem a
admiração dos profissionais.
Colleite Pattinger, com 10 anos,
natural de Colombes, desenha, sem nunca ter aprendido, pequenas obras primas de
observação e de humor.
Willi Ferreros, maravilha Paris pela
segurança e arte com as quais dirigia a orquestra da "Revue des Folies Bergêres".
Ciotto, humilde pastor da campanha
fIorentina, desenha figuras na pedra e na areia.
Margarida Monnot, com 3 anos e meio,
fez- -se ouvir em um concerto dado em casa dos irmãos St. Jean. Transpunha em
todos os tons uma ária ouvida pela primeira vez; inventava acompanhamentos de
perfeita e correta harmonia; improvisava encantadoras frases na harmônica e ao
piano.
William Lidis, do Estado de Massachussetts,
sabia ler e escrever aos dois anos. Aos quatro, falava 4 línguas. Aos dez
resolvia problemas de Geometria, bem difíceis, e maravilhou o meio intelectual
de Boston fazendo com êxito o seu exame de admissão no Massachussets Institute
of Technology, onde a média da idade dos alunos admitidos é de 21 anos. Na
mesma época ele fez, na Universidade de Harvard, uma conferência sobre a quarta
dimensão, diante de grande número de professores de Matemática.
Margel Lavallard, com 12 anos, viu um
de seus quadros recebido no Salon de Paris.
Pepito Ariola, com três anos e meio,
toca piano com sentimento musical digno de nota; improvisa óperas cujo
acompanhamento é também improvisado. O Sr. Charles Richet fez, a seu respeito,
uma comunicação ao Congresso de Psicologia.
MIle. Van Barentze (onze anos e meio),
discípula de Delaborde, obteve o primeiro prêmio no concurso de piano no
Conservatório.
Rafael, aos 14 anos, começava a sua
faina de pintor divino.
A. Comte, aos 13 anos, anuncia-se como
um grande pensador.
Em
que, dizeis vós, esses casos de precocidade podem interessar as pessoas ávidas
do Além e do sobrenatural?
A
resposta é simples, se se quiser convir que não é natural que tenras crianças
possuam qualidades reservadas à idade madura, conhecimentos e capacidades que
se não podem adquirir senão depois de longo e paciente estudo e trabalho
assíduo.
Nessa
idade o cérebro tem apenas consciência de si mesmo; não é pois natural que seja
o trabalho o produtor do fato. Há outra causa.
Apolonius de Tiane disse: "O
indivíduo nasce por intermédio dos pais, mas não diretamente dos pais". É
talvez nessa ordem de ideias que se deve procurar a chave do mistério e emitir
estas hipóteses: reminiscência de aquisições anteriores, reencarnação ou
possessão.
(Ext. do Bulletin de la Société d'Études Psychiques de Nice, de 1913).
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