Multiplicam-se os Pães
(pela 2ª Vez)
15,29
Jesus saiu daquela região e voltou
para perto do
mar da Galileia. Subiu a uma colina e sentou-se ali.
15,30
Então, numerosas multidões aproximaram-se dele, trazendo consigo mudos, cegos,
coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos
seus pés e Ele
os curou.
15,31 de
sorte que o povo estava admirado ante o
espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que
andavam, dos cegos que viam e glorificavam o Deus de Israel.
15,32
Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “ Tenho piedade desta
multidão. Eis que há três dias estão
perto de mim e não tem nada para comer. E, se os deixar ir em jejum para sua
casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe.”
15,33
Disseram-lhe os discípulos: -De que maneira encontraremos, neste lugar deserto,
pão bastante para saciar tal multidão? 15,34 Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães
tendes?” -Sete, e alguns peixinhos, responderam eles.
15,35
Mandou então a multidão assentar-se no chão
15,36 Tomou
os sete pães e os peixes, e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos
discípulos que os distribuíram à multidão.
15,37
Todos comeram e ficaram saciados, e, dos
pedaços que restaram, encheram sete cestos.
15,38 Ora,
os que se alimentaram foram quatro mil homens, sem contar as mulheres e as
crianças.
15,39 Jesus, então, despediu o povo, subiu para
a barca e retornou à região de Magadã.
Para Mt
(15,32) -A preocupação de Jesus - lemos
em “Pão Nosso” de Emmanuel por Chico
Xavier:
“A
preocupação de Jesus pela multidão
necessitada continua viva, através do tempo. Quantas escolas religiosas
palpitam no seio das nações, ao influxo do amor providencial do Mestre Divino?
Pode haver homens perversos e desesperados que perseveram na malícia e na
negação, mas não se vê coletividade sem o socorro da fé. Os próprios selvagens
recebem postos de assistência do Senhor, naturalmente de acordo com a
rusticidade de suas interpretações primitivistas. Não falta alimento do céu às
criaturas.
Se
alguns espíritos se declaram descrentes da Paternidade de Deus, é que se
encontram incapazes ou enfermos pelas ruínas interiores a que se entregaram.
Jesus manifesta invariável
preocupação em nutrir o espírito dos tutelados, através de mil modos
diferentes, desde a taba do indígena às catedrais das grandes metrópoles.
Nestes postos de socorro sublime, o
homem aprende, em esforço gradativo, a alimentar-se espiritualmente, até trazer
a Igreja ao próprio lar, transportando-a do santuário doméstico para a recinto
do próprio coração.
Pouca
gente medita na infinita misericórdia que serve, no mundo, à mesa edificante
das ideias religiosas.
Inclina-se o Mestre ao bem de todos
os homens. Cheio de abnegação e amor sabe alimentar, com recursos específicos,
o ignorante e o sábio, o indagador e o crente, o revoltado e o infeliz. Mais do
que ninguém, compreende Jesus que, de outro modo, as criaturas cairiam,
exaustas, nos imensos despenhadeiros que marginam a senda evolutiva.”
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