Aos Espíritas
Guerra
Junqueiro
por Amélia Delgado (médium)
em 18
de Junho de 1972, no Rio de Janeiro
Reformador
(FEB) Julho 1972
Há muita confusão em torno da Doutrina;
Forças inteligentes no erro situadas,
Investem combatendo o que Jesus ensina
No roteiro de luz das Escrituras Sagradas.
Já não parte da Igreja o principal perigo;
É um flagelo maior nas bases da retórica
Insuflando de leve os planos do inimigo
Em obras poluídas de ingestão pletórica.
Esse tumultuar de insânia disfarçada,
Visando a conquistar a opinião das gentes,
Grava sobre o painel da mente descuidada
O vazio sem fim das coisas incoerentes.
Os redutos do mal estão organizados,
Procurando invadir a Seara da Verdade,
Dando como elixir para os desavisados
Os vírus infernais da incredulidade.
Há estouro de ideias, surtos de mensagens,
Enxertos que deformam o que há de mais sagrado;
E ai de quem se perde atrás dessas miragens
Abismado no erro a que ficar ligado.
Nessas competições existem escritores
Nivelando a Doutrina a cenas caricatas
Onde médiuns fiéis aos orientadores
Fazem auto-de-fé a mastigar baratas.
Por trás dessa porção de frases bem urdidas
Há um triste silvar de cobras escondidas
Promovendo a cizânia, a desagregação
Do trabalho que leva à purificação.
Ativai o labor à santa propaganda,
Seja com sacrifício até da própria vida;
Estancai o furor dessa invasão nefanda
Ampliando as noções da fé esclarecida.
Não deixeis que os incréus façam do Espiritismo
O seu ponto de apoio à especulação,
Arrastando outros tantos para o mesmo abismo
De incerteza e descrença em que eles já estão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário