quinta-feira, 25 de julho de 2013

36. 'Revelação dos Papas' - Cristovão Colombo


36
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)

- Comunicações d’Além Túmulo -


                               Publicada sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier

Officinas Graphicas d’A Noite
Rua do Carmo, 29
1918
Cristovão Colombo, o navegador

À  vidente apresenta-se um espírito sob o aspecto de um homem idoso,
cabeleira meio grisalha, repartida ao meio; rosto redondo, fisionomia doce e bela;
trajando túnica escura e circundado de grande massa de lua branca e azul,
traspassada de raios amarelos, contornados de fachos verdes.
Vem acompanhado de outros espíritos de luz.


            Vós que habitais o Novo Mundo e tendes já consciência da vossa posição no Universo e também no planeta em que viveis, ouvi a voz daquele que foi em vida o descobridor desses céus e dessas terras que hoje habitais e onde recebeis a luz da grande verdade que também venho proclamar

            Escutai-me, americanos filhos da Santa Cruz, vós que viveis sob esse signo bendito que se desdobra sobre as vossas cabeças; escutai-me, vós que sois também filhos diletos de Jesus e aceitastes o seu Evangelho em espírito e verdade!

            Ouvi o que vos venho anunciar a vós todos que tendes no coração fé e a esperança e que fostes escolhidos para ser os grandes propagadores da doutrina santa de Jesus, dos ensinamentos dos espíritos: ouvi todos vós que tendes sede de saber o que está reservado para o dia de amanhã na América, nessa região bendita, na qual Deus, deixou cair tantas graças e semeou tantas belezas!

            Escutai a voz do navegador dos mares desconhecidos, do descobridor das terras ignoradas, do Novo Mundo, onde cumpris as vossas provações! Venho cumprir também o meu dever, contribuindo para o início da Era Nova, para a grande transformação que se vai operar entre vós, para o advento da paz e da concórdia que, dentro em pouco reinarão no mundo.

            Aqui está novamente o Cristovão para descobrir outros horizontes, rasgar a pesada cortina que vos separa da verdade eterna; aqui está outra vez Cristovão para descobrir novas terras, outras regiões mais belas, outros mundos mais luminosos, onde um dia as vossas almas viverão contentes e felizes.

            Aqui estou eu, meus amigos, neste torrão bendito, debaixo deste céu que já me sorriu tão carinhosamente, cá estou em fim, meus irmãos, na terra de Santa Cruz, entre vós, que sois os escolhidos para manter o brilho dessa doutrina de luz e amor, desse sol sublime deslumbrante - o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo,

            Vós, que haveis de espalhar por toda a parte as claridades e os fulgores da doutrina dos espíritos, escutai:

            Os tempos são chegados, o mundo marcha para uma transformação radical, a Terra vai caminhando para a conquista do seu ideal religioso e social. Ides ver todos os que vos cercam e que se têm conservado indiferentes aos avisos que a Providência envia aos homens, por intermédio dos seus mensageiros, aqueles que se têm esquecido dos seus deveres para com o Criador de todas as coisas e também para com o Mestre dos mestres - ides ve-los abatidos diante dos grandes triunfos que, dentro em poucos dias, alcançarão os santos princípios da doutrina de Jesus. Ides assistir ao desabar da civilização ateia, do progresso sem moral, da sociedade sem Deus, do Cristianismo sem Jesus.

            Vereis o tombar dos grandes templos de pedra, o ruir por terra das fortalezas que se ostentam no meio das vossas cidades e onde se abriga o vosso maior inimigo e assistireis a derrota dessas forças, que tem somente como apoio, alicerce sólido, a vossa fraqueza e ignorância.

            Contemplareis a maior de todas as derrocadas, vereis por terra todos os monumentos onde a cobiça e a ganância estabeleceram o seu quartel.

            Os vossos dias serão assinalados por grandes acontecimentos, grandes convulsões sociais, tremendas revoluções, nas quais perecerão todos os preconceitos e prejuízos que ainda infelicitam as sociedades modernas.

            As lutas se sucederão umas às outras, e a humanidade não terá sossego enquanto a Terra não se libertar do jugo dos seus grandes opressores, dos grandes fatores da miséria e decadência humanas.

            As sociedades caminham para o regime da equidade e da justiça, da razão, da liberdade e do amor, da fraternidade e da concórdia, da paz e do progresso, enfim, para o regime de Deus e de Jesus.
           
            Tudo quanto tendes assistido até hoje são apenas os pródomos da grande regeneração que se vae operar neste planeta. Nada do que aí está tem raízes ou encontra seiva de que se alimente; todas as instituições humanas são caducas, falsas, não se apoiam na razão e na justiça, no bem e na moral, tendo, por isso, de desaparecer para sempre dos nossos olhos, que hão de contemplar ainda muitos quadros, muitas cenas, muitas tragédias, espetáculos edificantes, acontecimentos extraordinários, que, em breves dias, se desenrolarão na Terra.

            Os vossos ideais, as vossas aspirações, as crenças, os desejos, as tendências, tudo quanto agasalhais nos vossos corações se realizará, mas sob o influxo benéfico e salutaríssimo dos ensinamentos de Jesus. As organizações sociais serão moldadas no Evangelho e os regimes políticos inspirados no puro cristianismo: as sociedades se organizarão sobre alicerces puramente cristãos: as nações e os povos buscarão na doutrina do amor e da humildade todas as luzes e todos os elementos progresso e aperfeiçoamento.

            Os homens irão gozar direitos que jamais possuíram; a justiça será distribuída proporcionalmente ao mérito e virtude de cada um; o direito será uma conquista da razão, emanará da força desta e sairá da verdade e do bem; o amor vinculará as classes sociais, os povos e as nações, e jamais a guerra virá quebrar os elos dourados que hão de prender para sempre os corações e as almas.

            A América será o berço da nova civilização cristã, o foco que irradiará a luz do puro cristianismo, a fonte onde os povos decaídos virão beber a luz e a esperança. Estas terras benditas hão de florescer hão de florescer amanhã ao clarão do sol desse cristianismo que hoje se chama Espiritismo cristão.

            É daqui de Santa Cruz, debaixo do signo bendito, que há de irradiar a nova fé, nascer o novo dia, despontar o novo sol que iluminará o mundo inteiro!

            A América será a fonte de luz, o manancial inesgotável onde as almas depauperadas pelas lutas fraticidas, pelas convulsões, pelas guerras, pelos vícios e degradações dos povos d'além, virão retemperar as forças, recobrar alento, curar as chagas, refazer as suas provisões de luz para a grande jornada que empreenderão em demanda da perfeição.

            A América vai cumprir a sua missão; aproxima-se a hora em que este continente assumirá a atitude que lhe será imposta pelas condições em que, de um instante para outro, se encontrará o mundo.

            O Novo Mundo vai abrir as suas portas aos foragidos, aos famintos de pão e de luz, aos sequiosos de água e de verdade, aos desnudos de corpo e alma, os quais ai encontrarão agasalhe para a carne e para o espírito.

            As terras da América serão os grandes celeiros onde se abastecerão os povos deserdados, os despojados dos seus haveres, os sacrificados nos seus bens e na sua honra, os ultrajados, ofendidos no corpo e na alma; todos os que a elas aportarem trazendo o estômago e a alma vazios e aos quais haveis de fornecer o pão material e o do espírito. Tendes que socorrer, amparar, nutrir, vestir e consolar os pobres escorraçados de outras plagas, os mendigos expulsos de outras pátrias, os desgraçados, os desprotegidos e os desamparados das leis e da justiça dos homens - que ai se abrigarão sob as dobras do manto da justiça de Deus, que os acolherá a todos e lhes ensinará a amarem-se uns aos outros e a Deus sobre todas as coisas.

            A América, meus caros irmãos, será a nova Canaã, a terra da Promissão - para onde Deus encaminhará o seu povo, a nova Jerusalém - donde Jesus derramará o conforto da sua doutrina, o consolo dos seus ensinamentos, as doçuras do seu imenso amor.

            A América, meus amados irmãos, o Novo Mundo que Cristovão vos revelou, está, pois, fadada para ser de Deus e de Jesus a pátria santa e bendita, o refúgio dos aflitos, o abrigo dos pobres de corpo e alma, o paraíso onde virão desfrutar a paz e o sossego os infelizes que a desgraça e a miséria de outros continentes arremessarem para ela.

            A América será a pátria da nova humanidade e, da América, Santa Cruz será novo Calvário, onde a cruz divina marcará o rumo aos novos navegadores que demandarem essas paragens, em busca da luz, da verdade, da justiça e do amor.

            Santa Cruz - terra dos discípulos de Jesus, pátria dos novos apóstolos do Cristianismo - a ti todo o meu respeito e veneração. Deus te proteja, Jesus paire sempre sobre as nuvens que te circundam, inspirando os teus filhos, guiando os teus passos, abençoando os teus esforços, conduzindo-te a esse futuro que daqui antevejo, resplandecente de luz.

            Cristovão te saúda, em nome de Jesus, e pede a Deus luz, paz, concórdia e amor pra ti e para os filhos teus.

Cristovão Colombo, o navegador

Março de 1917


Informações Complementares

            Cristóvão Colombo nasceu em Gênova em 1451 e faleceu em Valladolid em  20 de Maio de 1506). Navegador e explorador genovês, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha, no chamado descobrimento da América. .
            Seu nome em italiano é Cristoforo Colombo, em latim Christophorus Columbus e em espanhol, Cristóbal Colón. Este antropónimo inspirou o nome de, pelo menos, um país, - Colômbia - e duas regiões da América do Norte: a Colúmbia Britânica no Canadá e o Distrito de Colúmbia nos Estados Unidos.
Fonte: Wikipedia





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