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Ciência Religião Fanatismo
por Mínimus
(Antônio Wantuil de Freitas)
Ed. FEB
c.1938
Falamos em linguagem clara, sem
ambiguidades, procurando esclarecer as verdades que
nos foram legadas sob a forma alegórica pelo Cristo de Deus, e, por isso,
recomendamos o
cultivo da mediunidade curadora, por Ele praticada e por Ele ordenada aos seus
discípulos. Não conseguimos tanto como o Cristo, porque Ele era intermediário
de Deus e nós outros, simples e imperfeitos médiuns de Espíritos.
E é exatamente por se dedicarem os
nossos médiuns a socorrer o próximo, que se insurgem contra nós os mercenários
que vêm suas rendas diminuídas - os padres e os médicos sem clínica. Dizemos
sem clínica, visto como os que a possuem não são os que desejam inibir-nos de
praticá-la, sendo até conhecida a frase do príncipe Miguel Couto: "Ai da
pobreza do Rio se não fossem os espíritas!" Os que têm clínica,
nasceram com esse dom de médiuns receitistas ou de médiuns curadores, recebendo
intuições que lhes facilitam no diagnóstico e na terapêutica, enquanto os
outros, que não receberam essa dádiva, vêm afastar-se os doentes pela razão de
que, mal possuindo os conhecimentos humanos, não podem exercer satisfatoriamente
a Medicina.
Porque estudaram Medicina? Que culpa
temos nós de não terem eles nascido médiuns? No
entanto, são os nossos maiores inimigos, quando desejávamos que eles possuíssem
e cultivassem essa mediunidade, de que não auferimos lucro material e que
preferíamos existir somente
com os médicos, pois eles seriam melhores receptores da obra benéfica dos Espíritos.
Tempo virá em que os pais só matricularão,
nas Escolas de Medicina, os filhos que possuírem
tais mediunidades. E então, não haverá mais necessidade dos médiuns, a quem tanto
combatem hoje.
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