Um fato vale mais
que todas as teorias
Reformador
(FEB) Janeiro 1946
Havendo
lido em Reformador o artigo do Dr. Carlos Imbassahy sobre "As
Ressurreições na Guerra", no qual se comenta um artigo do
Sr. Raul de Polillo que teria dito não se lembrarem nunca os ressuscitados de
coisa alguma da vida espiritual, o Prof. Francisco Valdomiro Lorenz nos escreve
apresentando um fato contra aquela teoria. Assistiu Ele ao seguinte caso:
Uma
senhora de sua amizade teve um parto infeliz e faleceu apesar dos esforços de
dois ilustres médicos assistentes. Um destes propôs
aplicar-lhe certa injeção no coração, para faze-la voltar à vida. Os resultados
foram excelentes. A morta ressuscitou, mas protestou energicamente contra a
intromissão da Ciência que a fizera voltar involuntariamente para este mundo de
dores, quando se achava ela muito feliz no "céu", para onde queria
voltar. Repreendeu aos médicos, deu muitos conselhos de grande sabedoria ao marido
e aos filhos, palestrou ativamente durante catorze horas, mas sempre insistindo
que queria e voltaria para o "céu". Ao cabo de catorze horas, morreu
de fato.
Aí
fica um fato que vale mais do que todas as teorias e todos os fazedores de
teorias. E mais um vamos juntar de nosso conhecimento.
Quando
Cairbar Schutel se achava agonizante, em certo momento pareceu morto. As senhoras que se achavam com o moribundo, suas
filhas adotivas, perderam toda a calma e agarraram-se aos pés e ao corpo do
cadáver em verdadeiro desalento, clamando pela sua volta.
Realmente
ele voltou para repreende-las severamente: "- Eu já estava livre, fora da
raia das dores, e vocês me forçaram a voltar inutilmente
a este corpo arruinado!"
Passado
algum tempo, faleceu de novo e para sempre.
Quem
nos relatou este fato foi uma das filhas adotivas de Cairbar Schutel, D.
Antônia Perche da Silveira Campelo, pessoa digna da
máxima confiança e conhecidíssima do mundo espírita brasileiro pela sua atuação
em ‘O Clarim’.
Há
fatos e muitos fatos para demolir as teorias apressadas dos negadores.
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