O Grão
de Mostarda
13,31 Em seguida, propôs-lhe outra parábola: “O
reino dos céus é comparado a um grão de mostarda, que um homem toma e semeia em seu campo.
13,32 É esta a menor de todas as sementes, mas,
quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que
os pássaros vem aninhar-se em seus
ramos.”
Para Mt (13,31-32) -O Grão de Mostarda - Parábola , encontramos a palavra de Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações
Evangélicas”:
“Comparando o reino dos céus ao grão de mostarda, quis Jesus
mostrar à multidão que o gérmen, por mínimo que seja, donde se parta para
chegar ao céu, pode desenvolver-se e produzir grandes resultados.
No seu pensamento acerca do futuro,
a comparação do reino dos céus com o grão de mostarda, que, de pequenino que é,
se torna árvore grande, em cujos ramos os pássaros vêm habitar, constitui uma
alegoria em que aquele grão representa o ponto de partida, a origem do planeta
e da humanidade, o estado rudimentar de uma e outro; em que o crescimento
oculto do grão, sua afloração, desenvolvimento e transformação em árvore
simbolizam as fases por que têm passado o nosso mundo, as da formação e
desenvolvimento dos reinos mineral, vegetal, animal e humano e as de depuração
e transformação física do planeta e física, moral e intelectual da humanidade.
Os ramos da árvore indicam o grau de evolução que aquele atingirá, para se
tornar morada de paz e felicidade, que os Espíritos purificados virão habitar e
onde, continuando a progredir com ela, chegarão à perfeição.”
“Antônio
Luiz Sayão”
Ao caminhar, passo a passo com
Jesus, muitas foram as vezes em que
fomos amparados pela palavra de Antônio Luiz Sayão. Sua contribuição para o
esclarecimento e divulgação da mensagem espírita foi e continua sendo muito
importante. Assim sendo, nada mais justo que fazermos uma pausa nessa caminhada
para dedicar a ele o merecido espaço em nossa compilação. Ajuda-nos, o livro de
Zêus Wantuil - Grandes Espíritas do Brasil:
Antônio Luiz Sayão desencarnou em dia de
festa nos dois planos. No plano espiritual celebrava-se a chegada de mais um completista, utilizando-se da expressão
plantada por André Luiz quando se refere a todo espírito que consegue
levar a
bom termo as
obrigações assumidas previamente à sua reencarnação na Terra.
Festa no plano físico pois, naquela
data - 31 de Março - o Codificador do Espiritismo também tinha feito sua
passagem para um plano maior.
Estávamos em 1903 e o movimento espírita
renovava-se em seus valores encarnados uma vez que, em curto espaço de tempo,
tinham galhardamente cruzado a porta estreita
nomes de importância, a saber; Bittencourt
Sampaio, Bezerra de Menezes, Isabel Maria Sampaio, Manuel dos Santos Silva
e outros, membros do Grupo dos Humildes (depois Grupo Ismael).
Antônio
Luiz Sayão nasceu no Rio de Janeiro, em 1829. Diplomou-se em Ciências
Jurídicas em São Paulo, SP. Exerceu a advocacia, no Rio de Janeiro, por muitos
anos.
Converteu-se ao Espiritismo ao ver
recuperada sua mulher, que padecia de horríveis males, por anos, e que foi
curada por misericórdia de Deus que se serviu de médico homeopata, veículo
da cura divina. Sua conversão foi
escrita em carta de próprio punho, publicada no Reformador de junho de 1891.
O prefácio de seu livro - “Elucidações Evangélicas”, é datado de
abril de 1896. Das palavras de Sayão aos seus leitores, Zêus Wantuil extrai pequeno trecho:
“Da
árvore do bem, à cuja sombra repousei um dia, cansado das fadigas de uma
existência atribulada, colhi os dulçurosos frutos, que hoje convosco reparto.
Em maior abundância quisera dar-vo-los;
infelizmente, a hora da colheita não foi ao levantar da aurora mas sim ao cair
da tarde.
Poucos, esses mesmos não seriam colhidos,
se de Jesus a luz bendita não viesse afugentar da noite as trevas, que já se
aproximavam no horizonte e que me envolveriam em meio dos meus labores.
As páginas deste humílimo livro
simbolizam os frutos de que vos falo. Nelas encontrareis as doçuras de uma
outra vida; nelas encontrareis o remanso das vossas dores, se porventura
sofreis.”
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