terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Grão de Mostarda





O Grão
de Mostarda  

            13,31  Em seguida, propôs-lhe outra parábola: “O reino dos céus é comparado a um grão de mostarda, que um homem  toma  e  semeia em seu campo.
            13,32 É esta a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vem aninhar-se  em seus ramos.”    
  
             Para Mt (13,31-32) -O Grão de Mostarda - Parábola , encontramos a palavra de Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:           

            “Comparando o reino dos céus ao grão de mostarda, quis Jesus mostrar à multidão que o gérmen, por mínimo que seja, donde se parta para chegar ao céu, pode desenvolver-se e produzir grandes resultados.

            No seu pensamento acerca do futuro, a comparação do reino dos céus com o grão de mostarda, que, de pequenino que é, se torna árvore grande, em cujos ramos os pássaros vêm habitar, constitui uma alegoria em que aquele grão representa o ponto de partida, a origem do planeta e da humanidade, o estado rudimentar de uma e outro; em que o crescimento oculto do grão, sua afloração, desenvolvimento e transformação em árvore simbolizam as fases por que têm passado o nosso mundo, as da formação e desenvolvimento dos reinos mineral, vegetal, animal e humano e as de depuração e transformação física do planeta e física, moral e intelectual da humanidade. Os ramos da árvore indicam o grau de evolução que aquele atingirá, para se tornar morada de paz e felicidade, que os Espíritos purificados virão habitar e onde, continuando a progredir com ela, chegarão à perfeição.”




“Antônio Luiz Sayão”

            Ao caminhar, passo a passo com Jesus,  muitas foram as vezes em que fomos amparados pela palavra de Antônio Luiz Sayão. Sua contribuição para o esclarecimento e divulgação da mensagem espírita foi e continua sendo muito importante. Assim sendo, nada mais justo que fazermos uma pausa nessa caminhada para dedicar a ele o merecido espaço em nossa compilação. Ajuda-nos, o livro de Zêus Wantuil - Grandes Espíritas do Brasil:


            Antônio Luiz Sayão desencarnou em dia de festa nos dois planos. No plano espiritual celebrava-se a chegada de mais um completista, utilizando-se da expressão plantada por André Luiz quando se refere a todo espírito que consegue levar  a  bom  termo  as  obrigações assumidas previamente à sua reencarnação na Terra.

         Festa no plano físico pois, naquela data - 31 de Março - o Codificador do Espiritismo também tinha feito sua passagem para um plano maior.

         Estávamos em 1903 e o movimento espírita renovava-se em seus valores encarnados uma vez que, em curto espaço de tempo, tinham galhardamente cruzado a porta estreita  nomes de importância, a saber; Bittencourt Sampaio, Bezerra de Menezes, Isabel Maria Sampaio, Manuel dos Santos Silva e outros, membros do Grupo dos Humildes (depois Grupo Ismael).

         Antônio Luiz Sayão nasceu no Rio de Janeiro, em 1829. Diplomou-se em Ciências Jurídicas em São Paulo, SP. Exerceu a advocacia, no Rio de Janeiro, por muitos anos.

         Converteu-se ao Espiritismo ao ver recuperada sua mulher, que padecia de horríveis males, por anos, e que foi curada por misericórdia de Deus que se serviu de médico homeopata, veículo da  cura divina. Sua conversão foi escrita em carta de próprio punho, publicada no Reformador de junho de 1891.

         O prefácio de seu livro - “Elucidações Evangélicas”, é datado de abril de 1896.   Das palavras  de Sayão aos seus leitores, Zêus Wantuil  extrai pequeno trecho:

         “Da árvore do bem, à cuja sombra repousei um dia, cansado das fadigas de uma existência atribulada, colhi os dulçurosos frutos, que hoje convosco reparto.

         Em maior abundância quisera dar-vo-los; infelizmente, a hora da colheita não foi ao levantar da aurora mas sim ao cair da tarde.

         Poucos, esses mesmos não seriam colhidos, se de Jesus a luz bendita não viesse afugentar da noite as trevas, que já se aproximavam no horizonte e que me envolveriam em meio dos meus labores.

         As páginas deste humílimo livro simbolizam os frutos de que vos falo. Nelas encontrareis as doçuras de uma outra vida; nelas encontrareis o remanso das vossas dores, se porventura sofreis.”

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