sábado, 15 de dezembro de 2012

3. 'As Vidas Sucessivas'


3

‘As Vidas
Sucessivas’

por  Adauto de Oliveira Serra

 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira

1943

GENERALIDADES


            Os gauleses, os chineses e, sobretudo, os japoneses, muito antes do budismo, já acreditavam na transformação das almas. O Alcorão, que constitui o código religioso e moral dos seguidores de Maomé, assim como os islamistas, professam a teoria de que as almas dos que se amam encontrar-se-ão numa vida futura.

            Os cabalistas ensinam que os renascimentos permitem a purificação dos homens. O Talmude, livro básico do judaísmo, contendo as tradições judaicas, apresenta-nos Abel reencarnado em Set, e depois em Moisés.

            Platão defendia a preexistência das almas antes de baixarem à Terra, em concordância com a afirmação bíblica de Jeremias, I – 5, onde se lê: "Antes que te formasse no ventre, te eu já conheci" .

            Orígenes, bem como Pitágoras, Empêdocles e Celso acreditavam que cada reencarnação era proporcionada segundo os méritos anteriormente conquistados, por isso que somos reflexo do que fomos e seremos espelho do nosso presente.

            Heródoto, descrevendo os costumes egípcios, anotou que esse povo era adepto da transmigração das almas.

            Ovídio, procurando explicar o "porquê" do esquecimento das vidas pretéritas, dizia que as almas bebiam no Létis a água do esquecimento, antes de renascerem.

            Cícero achava que a transmigração das almas era possível em todos os astros.
Rabindranath Tagore confessava que a sua atual esposa fora por ele amada em anterior existência.

            Leibnitz escreveu que a evolução animal era feita através das reencarnações, pelas quais se conseguia galgar os degraus do aperfeiçoamento.

            Fichte em "Idealisme Transcendental", dá cada morte como um renascimento.

            Maeterlinck, em "A Morte", considera a reencarnação como a mais bela filosofia, a única capaz de explicar a desigualdade social entre os homens e a origem mais racional do mal sobre a Terra: - o abuso da liberdade que gozamos e as consequências que sofremos quando as leis divinas - eternas e imutáveis - são violadas.

            Diz Krishna que a alma troca de corpo como nós mudamos de vestuário, deixando os velhos pelos novos.

            Já agora podemos concluir que o corpo – a parte material e visível - constitui apenas o invólucro da alma, ou espírito. Nós, portanto, somos Espíritos imortais e temos um corpo do qual nos servimos transitoriamente. "Os pais são os meios e não as causas do nascimento dos filhos, tal como a terra faz sair do seu seio as plantas mas não as produz." (A. Chassang).













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