quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Nascimento de "O Livro dos Espíritos"





O nascimento de
"O livro dos Espíritos”
Reformador (FEB)
Nov 1946

            Em Janeiro de 1858, no primeiro número da Revue Spirite, Allan Kardec deu diversas notícias do aparecimento do seu primeiro livro sobre Espiritismo. Hoje, que o excelente volume vai completar 90 (+65 anos até 2012) anos de vida e saúde, pelo menos aqui na Terra de Santa Cruz, é interessante resumirmos essas notícias para a nova geração de amigos daquela grande obra.

            A maioria das perguntas foi escrita por Allan Kardec, mas algumas lhe vieram de correspondentes. As respostas foram obtidas quase todas pela mediunidade das Senhoritas B. e diante de grande auditório que assistia às sessões. Depois, os Espíritos determinaram que se fizesse revisão completa do trabalho para fazerem eles correções e aditamentos que julgavam necessários. Esta parte essencial do trabalho foi feita com o concurso da médium Senhorita Japhet, residente à Rua Tiquetonne, 14, em Paris.

            Concluída a revisão do livro e posto em forma para impressão, distribuiu-se um prospecto de anúncio. O editor foi Dentu. A primeira apreciação surgiu de um capitão reformado, de Bordéus, em carta datada de 25 de Abril de 1857, portanto, apenas 7 dias depois do aparecimento do livro. Esse capitão acha-se oculto sob a inicial D. Nessa bela carta, o missivista nos deixa saber que a publicação do livro atrasou, pois que a inicia com estas palavras:

            "Pusestes a minha paciência a grande prova pelo atraso na publicação de O Livro dos Espíritos, anunciado há tanto tempo; felizmente, não perdi em esperar, pois que ele excede todas as ideias que eu fazia dele depois de lido o prospecto. Seria impossível relatar-vos o efeito que ele produziu em mim: sou qual homem saído da escuridão; parece-me que uma porta, fechada até hoje, foi aberta repentinamente; minhas ideias cresceram em algumas horas! Oh! quanto a Humanidade e todas as suas miseráveis preocupações me pareceram mesquinhas e pueris diante desse porvir, do qual eu não duvidava, mas que se achava para mim tão obscurecido pelos preconceitos, que eu mal o podia vislumbrar!"

            O primeiro artigo foi publicado por um Sr. G. du Chalard, no Courrier de Paris, de 11 de Julho de 1857 e recomenda calorosamente que toda gente leia o livro. O articulista diz que não conhece, mas desejaria conhecer Allan Kardec, porque "quem escreveu a introdução de O Lívro  dos Espíritos deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres."

            Ao desculpar-se de publicar elogios ao seu nome, Kardec nos diz nessa velha página: "Esse livro não foi fruto de nossas próprias ideias, porque, sobre muitos pontos importantes, tínhamos modo de ver totalmente diferente, e nossa modéstia não sofre com esses elogios." 

            São decorridos noventa (+65 anos até 2012) anos depois dessa calorosa recepção e hoje o livro volta a Paris, reaparece na Rua Descartes, 41, em sua nova veste internacional, impressa na "Pátria do Evangelho". Está iniciando nova fase em sua vida.


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