sábado, 12 de maio de 2012

Obsedado, Cego e Mudo (a palavra de Mateus)


Obsedado, 
Cego e Mudo

 12,22  Apresentaram-lhe, depois, um obsedado, cego e mudo. Jesus o curou de tal modo que este falava e via.
12,23  A multidão, admirada, dizia: -Não será este o Filho de Davi?
12,24  Mas, ouvindo isto, os fariseus responderam: -É em nome de espíritos das trevas que Ele os expulsa.
12,25 Jesus, penetrando nos seus pensamentos, disse: “-Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir. 
12,26 Se um espírito das trevas afasta outro espírito das trevas, estava dividindo contra si  mesmo. Como,  pois, subsistirá  seu  reino?
12,27 E, se Eu afasto os obsessores em nome do mal. por quem é que os vossos filhos o afastam?
12.28 Mas, se é pelo espírito de Deus que eu afasto os obsessores, então, chegou para vós o reino de Deus.
12,29 Como pode alguém penetrar na casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem ter primeiro amarrado este homem forte? Só, então, pode roubar sua casa.
2,30 Quem não está comigo, está contra mim e quem não ajunta comigo, espalha” 



            Para  Mt(12,22-30) - Obsedado, Cego e Mudo, lemos, em “Elucidações Evangélicas”, de Antônio Luiz Sayão:

            “Aquele homem, tido como “possesso do demônio”, estava subjugado por um espírito mau que, combinando com os dele os fluidos do seu perispírito e lançando-lhe, sobre os órgãos da visão e da audição, fluidos apropriados a esse efeito, paralisara aqueles órgãos. Jesus o curou pela ação da sua vontade potentíssima, afastando o obsessor.

            A subjugação que ele sofria era, como todas, em geral, uma expiação. Seu espírito expiava graves abusos da palavra, anteriormente praticados, e o não ter sabido aproveitar-se da luz que lhe fora concedida. A multidão, maravilhada com o fato, inquiria: Porventura, é este o filho de Davi? É que predito fora que o maior dos profetas descenderia da linhagem de Davi. 

            As palavras que dirigiu aos escribas e fariseus, bem como as que a seu respeito proferiram os que eram considerados seus parentes, tinham um alcance tanto espírita quanto evangélico, isto é, foram ditas como ensino para aquele momento e como lição a frutificar na época atual, da nova revelação. As épocas, conforme o sabemos, se ligam umas as outras e, quanto mais nos adiantarmos, tanto melhor compreendemos a ligação que existe entre o aparecimento de Jesus na Terra e a presente manifestação dos espíritos.”

            “Belzebu, Satanás, Príncipe dos Demônios são expressões figuradas de que Jesus usava, para se fazer compreendido e escutado. Designavam e designam os Espíritos maus que, tendo falido, perseveram, endurecidos, na senda do mal, a praticarem-no contra os homens.

             Os filhos daqueles que o acusavam de obrar por Belzebu e aos quais o Mestre se referia, dizendo que seriam juízes dos seus acusadores, eram os que, entre os Hebreus, seguiam de coração a lei de Moisés, tendo em vista servir a Deus, os quais, já um tanto purificados e colocados acima de seus pais, conseguiam, algumas vezes, por meio da prece e da perseverança, afastar os Espíritos malfazejos que se manifestavam pela obsessão e pela subjugação.

            Os homens de então, como os de hoje, os Escribas e os Fariseus de agora, como os daquele tempo, negam tudo o que não compreendem e condenam o que os incomoda, ou que lhes fere o orgulho. Jesus era acusado pelos seus contemporâneos de obrar por influência demoníaca. É precisamente o que diz o sacerdócio romano, diante dos fatos espíritas. A resposta, porém, deve ser a mesma que Jesus dava aos seus injuriadores: “Nenhum reino que se divide contra si mesmo pode subsistir.””






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